Sem conseguir explicar o destino exato dos R$ 109 milhões do recurso residual do Fundeb destinado à Prefeitura de Manaus, o prefeito Arhtur Neto (PSDB) usou a estratégia totalmente equivocada de culpar os professores pelo grande caos que está municipal ao dizer que os professores estão deixando de dar aula para buscar receber aquilo que lhes é de direito.
Na coletiva de imprensa dada hoje por Arthur e companhia, o prefeito expuseram diálogos dos professores nos quais eles planejam fazer uma greve branca com a não ministração de aulas até que a prefeitura resolva esse impasse. Os educadores pretendem fazer um protesto amanhã, 27, na frente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) cobrando uma atitude do Parlamento que, e exceção de alguns vereadores, não se posicionou de forma concreta sobre o assunto.
Na verdade, essa estratégia do prefeito de culpar os educadores expôs ainda mais a situação precária que está ocorrendo nas escolas da Semed, com alunos sem merenda e sem material básico escolar e até de higiene, como a falta de papel higiênico nos banheiros.
Bastou a noticia da coletiva ir para os sites de Manaus, que surgiram vários professores denunciando a condição nas unidades de ensino, que apontam para um total descaso de Arthur Neto com as condições de trabalho e humanas daqueles que ele chama de “conspiradores da educação.
Mas o desespero de Arthur Neto em expor os professores reside no fato de que um grupo de professores está se organizando, inclusive com documentos, para denunciá-lo por malversação do dinheiro público (Fundeb) à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF), onde o prefeito já responde a dois inquéritos por suspeitas de desvios de dinheiro público: o primeiro pela construção de duas creches e o segundo nas obras de um residencial do município.
Investindo em mais um discurso demagógico é assim que Arthur Neto finalizou sua entrevista:
“Nós estamos dedicados a oferecer uma educação de qualidade, como sempre estivemos, e estamos mostrando que é possível sim, com seriedade, e sem demagogia e mentiras, fazermos o nosso melhor. Boicotar essas crianças é simplesmente tentar assassinar o futuro e tentar matar a perspectiva de vida desses estudantes e suas famílias”, lembrou Arthur. “O meu dever como pai institucional dessas crianças é protegê-las desse atentado à educação” (Arthur Neto, prefeito de Manaus).
Imagens dos diálogos apontados pelo prefeito como conspiradores
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