Motoristas de micro-ônibus executivos paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira, 27, na avenida Torquato Tapajós, em Manaus, em protesto devido à falta de passageiros nas ruas.
Segundo os condutores, as pessoas estão cumprindo quarentena por causa do medo de ser infectado com o novo coronavírus, causador da Covid-19, e evitando o transporte coletivo.
“Os ônibus estão parados nas garagens porque não temos passageiros nas ruas. Têm família que depende da renda desses ônibus e as famílias estão em casa sem renda, em quarentena. Precisamos de ajuda das autoridades para manter essas famílias”, disse o motorista Rilmar Albuquerque.
Segundo ele, os micro-ônibus têm circulado normalmente com a recomendação de, ao final de cada viagem, fazer a higienização dos veículos e os motoristas manterem o cuidado com a lavagem das mãos, além do uso de máscaras.
No entanto, sem passageiros, os executivos acabam ficando sem renda para abastecerem.
Decreto
A recomendação do governador Wilson Lima, que decretou Estado de Calamidade Pública na última segunda-feira, 23, é a de fechar as portas por 15 dias, afim de evitar a propagação da pandemia.
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O governador decretou que todos os estabelecimentos de recreação e lazer sejam fechados e os serviços de clínicas e consultórios sejam suspensos, com exceção dos atendimentos de urgência e emergência
“A minha posição é muito clara, não vamos voltar atrás de nenhuma decisão que foi tomada pelo governo do estado do Amazonas”, afirmou Wilson Lima, em live na terça-feira, 24.
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Casos de coronavírus no Amazonas
O Amazonas, conforme última atualização do Governo do Estado, tem 67 casos confirmados de coronavírus.
Do total, 63 são de Manaus, dois de Parintins, um de Santo Antônio do Iça e um de Boca do Acre.
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A primeira morte pelo vírus também foi de Parintins.
Um homem de 49 anos, faleceu no início da noite de terça-feira, 24.
O caso foi o primeiro, também, registrado no Brasil fora do eixo Rio/São Paulo, deixando as autoridades em alerta.
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