Manaus (AM) – Após adiamento do julgamento que poderia cassar a candidatura do deputado federal Silas Câmara (Republicanos), o parlamentar publicou versículos bíblicos em suas redes sociais como um “alívio” por “passar pelo vale e não ser atingido pelas adversidades”.
Nesta sexta-feira (26), por exemplo, Silas compartilhou um card em sua conta do Instagram com o versículo 4 do livro de Deuteronômio, capítulo 20, o qual diz: “Pois o Senhor, o seu Deus, os acompanhará e lutará por vocês contra os seus inimigos, para dar a vitória a vocês”.
Silas, que além de deputado federal, é também pastor na Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Amazonas (Ieadam), e líder da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados (FPE), sempre publica versículos bíblicos em suas redes sociais, principalmente quando está passando por “momentos difíceis” na carreira política.
Podemos observar que as suas postagens nas vésperas do julgamento que poderia cassar a sua candidatura, o deputado também publicou versículos que falavam sobre tribulações. Do mesmo modo que nesta sexta-feira, no dia 20 de janeiro, ele publicou um versículo do livro de João, capítulo 16 e versículo 33.
“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (João 16:33)”
O processo
Em 12 de dezembro de 2023, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) formou maioria para cassar o diploma do político.
A ação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), em dezembro de 2022, acusa Silas Câmara da prática de captação de dinheiro ou gastos ilícitos de recursos durante a sua campanha nas eleições de 2022.
As irregularidades teriam ocorrido com despesas que totalizaram R$ 396 mil com fretamento de aeronaves, oriundos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e, como resultado, o político pode perder a sua candidatura e ainda levar Adail Filho consigo.
Ainda no meso ano, ele foi reeleito para o seu sexto mandato e teve as contas eleitorais da última eleição aprovadas com ressalvas no dia 24 de novembro (2022), com a obrigação de devolver R$ 88,4 mil aos cofres públicos. A campanha de que o reelegeu custou R$ 3,1 milhões aos cofres públicos.
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