Manaus, 19 de maio de 2024
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Manaus, 19 de maio de 2024

Cidades

Sobe para 6 as vítimas de médico amazonense que abusava de mulheres

Júlio Carvalho já responde a um processo de estupro de pacientes. O Ministério Público acredita que número de vítimas ainda pode aumentar

Sobe para 6 as vítimas de médico amazonense que abusava de mulheres

O Ministério Público do Amazonas ofereceu uma nova denúncia, com mais 4 vítimas, contra o médico Julio Adriano da Rocha Carvalho, 34, acusado de estuprar pacientes. Com a nova denúncia, o total de vítimas chega a 6.

Segundo o promotor da 7ª Vara Criminal, Edinaldo Aquino Medeiros, a nova denúncia foi apresentada para evitar tumulto processual na primeira, que já inicia na próxima semana com audiência no dia 14 de agosto.

As novas vítimas foram detectadas após o andamento das investigações. Uma dessas já tinha sido apresentada na primeira denúncia, porém ainda não tinha evidências suficientes para incluí-la na primeira.

“O MP já falava dela na primeira denúncia, mas [a denunciante] não foi indicada como vítima porque naquele instante não tinha elementos suficientes para isso. Voltamos para investigação, essa vítima prestou esclarecimentos revelando o modus operandis tal qual as demais e aí, sim, com consistência suficiente para apresentar a denúncia”, declarou.

Promotor Edinaldo Aquino (Amazonas1)

Conforme o promotor, cinco vítimas são pacientes que buscaram atendimento na UPA Campos Sales, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, onde o acusado trabalhava como clínico geral. Já a sexta vítima era uma recepcionista que atuava em um hospital, da rede particular, onde o médico também prestava serviço.

Nos depoimentos, elas relatam que o suspeito simulava uma atuação médica, fechava a porta do consultório para ficar a sós e começava a cometer atos libidinosos. “A partir daquele instante, a vítima cria confiança no atendimento e é quando ele passa a cometer os abusos”, explicou Edinaldo.

Durante  o atendimento, o médico costumava colocar a mão dentro da calça da paciente, no sutiã e em um dos casos, chegou a forçar uma das vítimas contra a parede. Porém, ela conseguiu escapar. Outra vítima, estaria grávida de semanas quando sofreu abuso.

A nova denúncia já foi enviada para Justiça no último dia 29 de julho e a partir da intimação, Júlio tem cinco dias para apresentar sua defesa. Atualmente, ele responde ao primeiro processo em liberdade, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de frequentar ambientes hospitalares, realizar consultas e sair da cidade.

O Conselho Regional de Medicina (CREMAM) já entrou em contato com o Ministério Público para apurar as denúncias e deve abrir procedimento interno para decidir se cassa o diploma de Júlio.