Foto: Reprodução
Manaus – Mais uma lei inusitada pode ser aprovada na Câmara Municipal de Manaus (CMM). De autoria do vereador Fransuá (PV), o Projeto de Lei tem como objetivo incentivar brincadeiras antigas nas escolas municipais da cidade, com a criação da “Semana Municipal do Brincar”, que deve ser realizada no dia 28 de maio de cada ano.
Com a cidade cheia de buracos, suja, transporte precário, denúncias de lixeiras viciadas, sem esgoto, o PL objetiva “mostrar para crianças e jovens a importância do brincar como instrumento de expressão e desenvolvimento, fonte de aprendizado, transmissão de saberes e resgate cultural de vivências lúdicas”.
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Vale lembrar que o vereador foi um dos autores da lei das sacolas plásticas, que causou polêmica em Manaus. A lei determinava a proibição da distribuição gratuita de sacolas plásticas por estabelecimentos comerciais na cidade. Depois da repercussão negativa, a CMM aprovou o projeto que dá um ano para que os comércios se adequem à lei.
Agora com um novo projeto, o vereador mirou nas brincadeiras que devem fazer parte do dia a dia dos alunos manauaras, e defendeu que isso precisa virar lei. Como justificativa, Fransuá afirmou que as crianças têm passado mais horas em frente às tela dos computadores e celulares, sendo necessário o estímulo à brincadeira, todavia, ele não explica como uma Lei pode transformar essa realidade.
Para a realização da tal ‘Semana Municipal do Brincar’, o projeto ainda vai contar com a parceria das secretarias municipais da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Educação e Meio Ambiente (Semmas), gerando custos ao contribuinte.
Estímulo
Ao Portal AM1, o vereador Fransuá afirmou que o PL não se trata apenas de brincar, mas que tem como intuito resgatar brincadeiras antigas que as crianças da nova geração não conhecem. Além disso, é uma oportunidade de gerar mais saúde, pois as crianças estão ficando sedentárias.
“O que percebemos, hoje, é que as crianças estão cada vez mais eletrônicas. Aquelas atividades que antes eram comuns, e brincadeiras que faziam, muito importante, que é a sociabilização da criança, e isso é importante para o desenvolvimento intelectual, para a saúde mental das crianças, hoje praticamente não existe”, defendeu.
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De acordo com o parlamentar, o projeto “é um conjunto de ações que visa estimular, que essas brincadeiras voltem e que possam de alguma forma ser uma rotina na vida dessas crianças e que elas se tornem adultos mais saudáveis mentalmente e fisicamente”.
Conforme explicou o vereador, as brincadeiras antigas, que algumas crianças não conhecem por terem trocado pelas redes sociais ou jogos eletrônicos, podem voltar à rotina por meio da lei proposta por ele. “Com certeza vai contribuir para o crescimento intelectual, a ideia de sociedade, de respeito ao próximo, de respeitar as diferenças”, explicou.
Ele ainda declarou que as crianças podem aprender mais umas com as outras e entenderem que todas são diferentes, mas com respeito, o contrário que aconteceria na internet. “Um ambiente virtual nem sempre é o mais saudável e a gente percebe que muitas situações negativas são oriundas desse ambiente, e a gente, precisa de uma certa forma, mudar isso.”
Propostas curiosas
Enquanto os vereadores usam a Câmara Municipal de Manaus para tentar limpar a imagem do prefeito David Almeida, a melhoria da vida da população é deixada de lado. Entre umas propostas curiosas que chamaram atenção na CMM foi a do vereador Raiff Matos, que sugeriu a criação do Festival Gospel de Arte de Manaus (FEGAM), com duração de três dias de festa.
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O evento foi aprovado por unanimidade no plenário da CMM e seguiu para a sanção do prefeito David Almeida para incluir o Festival no calendário de eventos de Manaus. O prefeito já tinha demonstrado o interesse de realizar a festa especialmente estruturada para evangélicos, público cativo do vereador e do prefeito adventista de Manaus.
O projeto ainda tem como intuito “criar meios para a realização do evento como forma de integrar as famílias cristãs nas festividades oficiais de Manaus”, e diz que a responsabilidade, leia-se, custos, será da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
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