Foto: Reprodução CMM
MANAUS, AM – Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) parecem ter “comido abiu”, diante das denúncias de irregularidades feitas pelo vereador Amom Mandel (sem partido). No dossiê, o parlamentar apontou possíveis irregularidades na distribuição de cestas básicas distribuídas pela Secretária Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), comandada pela secretária Jane Mara Moraes, a famílias carentes de Manaus.
Os demais vereadores da Câmara de Manaus (CMM), no caso, quarenta deles, se calaram diante dos fatos apresentados e nem nas suas redes sociais ou mesmo no plenário da Casa se pronunciaram sobre a denúncia.
Mesmo diante das graves denúncias apontadas pelo parlamentar, como entrega de produtos vencidos, falta de itens nas cestas e valor 70% acima do praticado no mercado, os demais vereadores resolveram postar nas redes sociais, na data de ontem (11), posts com datas comemorativas, proposituras na CMM, divulgação para promoção de locais privados, fotos em eventos da Prefeitura de Manaus ou mesmo de atividades parlamentares nas ruas e demais atividades.
O silêncio dos demais parlamentares mostra, mais uma vez, que a gestão da Prefeitura de Manaus, comandada por David Almeida (Avante), não terá oposição dentro do Parlamento, que deveria funcionar de forma independente ao poder Executivo.
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Em ocasião anterior, o analista político Carlos Santiago falou com o Portal AM1 e disse que os vereadores estão invertendo seus papéis como legítimos fiscalizadores dos atos do Poder Executivo ao papel de líderes de bairros, fazendo apenas requerimentos, indicações e projetos de leis, em vez de fiscalizar o bom uso do dinheiro público.
“Muitos vereadores foram eleitos com discurso de oposição e num partido de oposição, mas, agora, depois de eleitos, agem como líderes de bairros, como feitores de obras e porta-vozes de grupos sociais que precisam do Poder Executivo, por conta disso, não cobram o prefeito, fazem só elogios. Quem perde é a cidade que deixa de ter fiscalizadores da boa aplicação do dinheiro público”, comentou o analista.
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