Parlamentar aproveitou tempo na tribuna para criticar estratégia de Lula no cenário internacional. Foto: Arthur Gomes/Aleam
Manaus (AM) – A recepção do presidente Lula ao mandatário da Venezuela, Nicolás Maduro, após oito anos de pausa nas relações diplomáticas entre os dois países, motivou proposta de nota de repúdio apresentada pelo deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) em nome da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
O parlamentar citou a crise humanitária no país vizinho, que resulta na fuga de venezuelanos em direção à fronteira com o norte do Brasil em busca de melhores condições de vida.
“Não é uma narrativa mentirosa. Roraima vive num estado de calamidade em função do socorro de um povo massacrado. 94% dos venezuelanos estão abaixo da linha de pobreza. É uma ditadura que impõe sofrimento a seu povo”, declarou Wilker, em pronunciamento nesta terça-feira (30).
O deputado aproveitou o tempo na tribuna para criticar a estratégia do presidente Lula nas relações com líderes internacionais.
“É impressionante. Um erro após o outro. A diplomacia do Lula está terrível. De amiguinho do [presidente russo Vladmir] Putin ao Maduro, não dá. Qualquer cidadão brasileiro com juízo sabe que Maduro mata seu povo”. O deputado acrescentou que, na condição de “pessoa pública e cidadão, em respeito a milhares de venezuelanos”, propôs uma manifestação de repúdio público da Aleam contra a visita de Maduro.
Abertura democrática
Sem mencionar a acolhida de Lula ao presidente venezuelano de forma explícita, o deputado Sinésio Campos (PT) abordou a implementação do Plano Plurianual (PPA), referenciado como um exemplo de iniciativa democrática e participativa do governo federal.
O PPA é um instrumento de planejamento de medidas governamentais a médio prazo, previsto na Constituição, que define metas e diretrizes apresentadas pela população a serem executadas no período de quatro anos.
“Quero parabenizar o Lula em fazer o Plano Participativo Plurianual. Essa sociedade deve tomar conhecimento. Qualquer governo deve ter olhares voltado para a sociedade”, afirmou. “O PPA tem o viés do diálogo. O governo está abrindo o debate com todas as frentes. Não somente quem votou com presidente Lula”.
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