Alberto não quer Menezes de volta ao PL e reafirma ter aval de Bolsonaro

(Fotos: Divulgação/Alberto Neto e Reprodução/Facebook/Coronel Menezes)

Manaus (AM) – Após a Justiça do Amazonas ter suspendido a expulsão de Coronel Menezes, do Partido Liberal (PL), em Manaus, o presidente do Diretório Municipal da sigla, deputado federal Alberto Neto, confirmou que irá fazer a sua defesa contra a decisão.

A decisão, da juíza Kathleen dos Santos, da 18ª Vara Civil, acatou a ação de Menezes – que fez o pedido de tutela de urgência – e suspendeu os efeitos da deliberação da Comissão Executiva Municipal do PL Manaus.

Procurado pelo Portal AM1, Alberto Neto informou que irá recorrer da decisão e considerou a decisão da Justiça algo normal.

“Natural, mas vamos fazer a defesa quando citado e mostrar que cumprimos todo rito legal”, disse o presidente do PL Manaus.

A expulsão de Menezes ocorreu após o deputado federal ter sofrido ataques de Menezes. Na época, o militar de reserva chamou Alberto Neto de “Judas”, por ele ter votado contra o texto da reforma tributária na Câmara dos Deputados.

Quando a expulsão de Menezes repercutiu na mídia, Alberto Neto já havia dito para a imprensa que chegou a conversar com Jair Bolsonaro (PL) sobre as falas do ex-candidato ao Senado e, na ocasião, segundo ele, Bolsonaro ficou “revoltado”.

O motivo seria porque o ex-presidente era contra a aprovação da reforma, inclusive, orientou os membros do partido a votarem contra.

“Quando ele me ataca, ataca o próprio presidente Bolsonaro – então, quando eu mostrei isso [se referindo às ofensas de Menezes], o presidente ficou revoltado e disse: Alberto, põe na Justiça! Isso está errado. Ele está errado!”, disse o deputado.

Questionado pela reportagem nesta sexta-feira (22), Alberto Neto reafirmou que mantém o posicionamento de que Bolsonaro apoiou a sua decisão de acionar o conselho de ética contra Menezes.

Na decisão da última quinta-feira (21), a Justiça do Amazonas informa que o motivo da expulsão de Menezes “não trouxe aos autos documentos hábeis a convencer o juízo da sua fragilidade econômica”.