Foto: Reprodução
MANAUS, AM – Em meio às denúncias da concessionária Amazonas Energia, foram iniciadas nessa terça-feira (19) as investigações da CPI da Energia na Assembleia Legislativa do Amazonas. No entanto, a sessão não foi transmitida para o público e causou revolta no deputado e presidente da Comissão, Sinésio Campos.
No lugar da transmissão da CPI, as redes sociais da Aleam compartilharam a sessão especial de entrega de medalha de mérito do legislativo educacional. Desde setembro, a Comissão tenta iniciar os trabalhos de investigação, mas foi impedida após uma decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas.
Na decisão, o desembargador Airton Luís Corrêa Gentil classificou a abertura da CPI como “genérica” e suspendeu as investigações. Vale lembrar que a CPI foi aberta com o objetivo de apurar irregularidades na prestação de serviços da Amazonas Energia.
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Na sessão plenária desta quarta-feira (20), o deputado Sinésio subiu à tribuna para comentar sobre o início dos trabalhos e cobrou para que a Casa dê visibilidade à CPI da Energia, uma vez que as investigações partem de denúncias e dificuldades da população.
“A CPI não foi transmitida! A imprensa e a sociedade estão cobrando. Independentemente de qualquer outra reunião que estiver aqui, o departamento de comunicação dessa Casa tem que dar prioridade para essa CPI”, destacou o presidente da Comissão
Ainda durante o discurso, o deputado destacou que não quer que as apurações realizadas pela Comissão fiquem somente em quatro paredes, mas que toda a população amazonense tenha conhecimento sobre o andamento da CPI.
“Eu não quero uma CPI para ficar em quatro paredes, para que somente os membros da Comissão tomem conhecimento. A população tem que saber passo a passo”, esclareceu.
Sinésio ainda relembrou que as sessões da CPI da Saúde eram transmitidas pelas redes sociais da Aleam, e cobrou para que os responsáveis pela transmissão voltem às atenções na CPI da Energia.
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“Eu quero aqui, ao departamento de comunicação dessa Casa que possa tomar todas as providências, para que às 14h possa ser transmitida a CPI, aberta para toda a sociedade e toda a imprensa, como foi transmitida a CPI da Saúde”, afirmou.
O horário da CPI estava marcado para acontecer às 14h, ou seja, no mesmo horário que a entrega de medalhas. Porém, a preferência da Aleam foi transmitir, por mais de 2 horas, a sessão especial de terça-feira (19).
Amazonas Energia burlando a lei
Em discurso na tribuna, o deputado ainda comentou as leis criadas na Aleam nas quais ficou proibido o corte de energia durante a pandemia e, mesmo assim, a concessionária Amazonas Energia continuou deixando pessoas sem energia.
Ele ainda relembrou que o Supremo Tribunal Federal também foi a favor da decisão, mas a concessionária também não se importou com a determinação. “O usuário acaba sendo tratado como se fosse ladrão de energia. Uma empresa que tem desvio de conduta, desvio de todas as formas”, comentou.
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O deputado ainda mandou um recado, e ainda afirmou que a empresa vai ter que encarar a CPI. “Estou muito consciente, nos meus 26 anos de mandato, eu nunca apresentei uma proposta de CPI, mas essa eu apresentei porque não aguentei mais!”
A sessão da CPI recebe como primeiro depoente: o diretor-presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (IPEM-AM), Márcio André Brito. Já na quinta-feira (21), deve comparecer um representante do Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor do Amazonas (Procon-AM), e na terça-feira (26), a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM).
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