Seca: Amazonas receberá mais de R$ 250 milhões do governo federal

Prefeitos reunidos em Brasília (Foto: Divulgação/redes sociais)

Manaus (AM) – Recursos superiores a R$ 250 milhões serão destinados ao Amazonas pelo governo federal, visando auxiliar os municípios afetados pela intensa estiagem, considerada uma das mais severas já registradas no estado. Essa verba provém de diferentes ministérios e tem como propósito atender áreas cruciais, como saúde e ajuda humanitária.

Ao Portal AM1 o presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AMM), prefeito Anderson Souza, mais de 20 prefeitos estiveram em Brasília na última semana. Durante audiências públicas com ministros, apresentaram as principais necessidades de suas cidades e solicitaram apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“As conquistas foram amplas e com sucesso. Através do senador Omar [Aziz] foram marcadas várias audiências nos ministérios […]. Na reunião ficou definido os R$ 56.240 milhões para aquisição de água potável, cestas básicas e combustível; no Ministério da Saúde R$ 100 milhões para aquisição de medicamentos; no Ministério da Defesa (calha norte) R$ 100 milhões para infraestrutura”, afirmou Anderson.

Adicionalmente às alocações financeiras, Anderson anunciou que o Ministério das Cidades planeja a construção de 6 mil residências para famílias que residem em áreas de risco nos municípios mais afetados. Até esta segunda-feira (9), 42 municípios permanecem em situação de emergência no Amazonas.

As reuniões contaram, também, com a presença de deputados federais do Amazonas. No total, o estado deve receber, só do governo federal, o montante de R$ 256 milhões de recursos.

: Foto: Divulgação

: Critério (Foto: Divulgação)

: Foto: Recursos solicitados para a saúde (Foto: Divulgação)

Divisão

A Associação definiu que a divisão dos recursos entre os municípios será baseada no coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Essa abordagem implica que municípios menores receberão uma quantia menor, o que tem gerado discordâncias entre os prefeitos. Algumas cidades, enfrentando não apenas uma severa seca, mas também outros desastres ambientais, destacam a necessidade de considerar as particularidades de suas populações.

Em Beruri, por exemplo, um deslizamento de terra resultou na trágica perda de duas vidas, além de desaparecidos e várias famílias desabrigadas. Já em Juruá, um vendaval destelhou casas e deixou várias pessoas feridas, afetando um total de 820 pessoas durante o fenômeno.

Decreto estadual

No mês passado o governador Wilson Lima (UB) decretou situação de emergência ambiental devido à seca, que tem isolados a maior parte das cidades, pois a descida dos rios, prejudica a locomoção dos barcos, principal meio de transporte dos amazonenses para municípios do interior.

Além da seca, o estado também enfrenta o verão amazônico, onde o período registra temperaturas altas e, consequentemente, facilita a proliferação de queimadas e focos de incêndios.

O governo montou a Operação Estiagem que leva alimentos, kits de higiene pessoal além de água potável aos municípios mais distantes mais afetados.

Governo federal

Na última quarta-feira (4), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) esteve no Amazonas junto com outros ministro e afirmou que serão investidos R$ 138 milhões para as dragagens dos rios Madeira e Solimões, como medida para enfrentamento da estiagem no Amazonas.

A medida visa facilitar a navegação na região já que com a descida dos rios, acaba isolando moradores ribeirinhos que depende dos rios para se locomover. O trabalho deve durar de 30 a 45 dias.

Conforme Alckmin, a primeira intervenção ocorrerá no rio Solimões, no trecho de 8 quilômetros entre Benjamin Constant e Tabatinga, no valor de R$ 38 milhões.

Veja quanto cada município da saúde:

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