Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Cidades

Lei garante laudos em até 24 horas para vítimas de violência doméstica

Apenas no primeiro semestre de 2019, mais de 13 mil mulheres registram denúncias de violência doméstica na capital amazonense

Lei garante laudos em até 24 horas para vítimas de violência doméstica

O governador Wilson Lima (PSC) sancionou a lei que garante emissão de laudos pelo Instituto Médico Legal (IML), em até 24 horas, para mulheres vítimas de violência. A medida passa a vigorar em todo o Estado a partir desta data.

O projeto de lei foi apresentado pelo deputado estadual Saullo Vianna (PPS) no início de agosto e aprovado em plenário no último dia 14. O parlamentar destacou que a lei tem o objetivo de oferecer mais celeridade à apuração dos caso de violência contra a mulher.

“A média atual de emissão dos laudos pelo IML é de 30 dias. Lamentavelmente, as queixas são frequentes quanto à lentidão, pois sem as provas materiais as vítimas terão enormes dificuldades de obter as medidas legais para se precaver diante do seu agressor. Se uma agressão não está constatada oficialmente, como é possível que as autoridades, que não a presenciaram, possam tomar as medidas necessárias contra o agressor?”, questionou.

A Lei Federal nº 13.721/2018 garante prioridade no atendimento as vítimas de violência doméstica e agora com a lei estadual, passa a ser obrigatória a emissão de laudos pelo IML no prazo de até 24 horas.

Registros de violência doméstica aumentam em Manaus

Somente no primeiro semestre de 2019, a Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DECCM) registrou 13.042 queixas de violência contra a mulher. Os dados foram fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).

Veja também: 13 mil mulheres foram agredidas em Manaus no primeiro semestre

Entre janeiro e junho deste ano, a quantidade de vítima que procurou a polícia já ultrapassa a metade do total de denúncias registradas em todo 2018.

Ao Amazonas1, a delegada Débora Mafra, titular da DECCM, revelou que os números elevados de ocorrências registrados mostram que as mulheres estão denunciando mais as agressões sofridas.