Manaus, 26 de abril de 2024
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Manaus, 26 de abril de 2024

Cenário

Após afirmar que CPI da Covid não é prioridade, Plínio Valério fica falando sozinho no Senado

Senador tentou emplacar CPI das ONGs, reclamou do STF e perdeu o protagonismo no Senado Federal

Após afirmar que CPI da Covid não é prioridade, Plínio Valério fica falando sozinho no Senado

Parlamentar tem atacado constantemente a atuação de Barroso contra a proposta. Foto: Agência Senado

MANAUS, AM –  No dia 9 de abril o senador Plínio Valério (PSDB) protocolou requerimento pedindo que a CPI da Covid fosse instalada apenas após a instalação da CPI para investigar as ONGs na Amazônia. Hoje, dia seguinte à instalação da Comissão que vai focar a pandemia e que tem  um senador do Amazonas na presidência e outro como membro titular, Plínio Valério viu sua demanda passar longo do protagonismo sonhado.

Plínio Valério pediu ao Senado que as CPIs das ONGS, de sua autoria, fosse colocada à frente da CPI da Covid, pois para ele o tema ambiental é mais urgente que o da Saúde. Segundo Plínio, o Senado deveria seguir a ordem de antiguidade na instalação das comissões, e não levar em conta a gravidade da pandemia. “Observe-se que a CPI das ONGs recebeu assinaturas — e portanto apoio — acima do exigido para sua instalação. Além disso, e ao contrário do que ocorreu com a CPI da Covid, foi lida em Plenário. Por essa razão, requeremos sua instalação imediata”, pedia o senador no documento.

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Fora do palco principal, Plínio Valério apareceu nas redes sociais apresentando “um evento virtual” que inaugurou o sistema de digitalização de documentos e prontuários na a Fundação Alfredo da Matta (FUAM). “Emenda de minha autoria no valor de R$ 925 mil.”

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A CPI das ONGs ficou pelo caminho, ao menos por enquanto, e a da Covid prosperou, tomando o noticiário nacional. “Com efeito, causaram comoção mundial os indicadores que apontam aumento no desmatamento da Amazônia, assim como o surto de queimadas que assolaram e assolam a região, com graves efeitos tanto para a preservação do meio ambiente quanto para a imagem do Brasil no plano internacional. As reais dimensões desses graves fatos, assim como a responsabilidade por eles, precisam ser investigadas de forma independente”, argumenta o senador, que promete não desistir da pauta mesmo com a pandemia e a CPI em andamento.

“O STF proíbe cultos e missas no país e libera CPIs. Dizer que CPI se faz de forma virtual é brincadeira. O Supremo acha que pode mandar no Senado. Este é o Supremo que pega uma decisão que é de só um ministro e que o senhor vai cumprir. A sorte do Supremo é de que eu não sou o presidente, porque não cumpriria essa decisão por não reconhecer legitimidade neste Supremo, que dá ‘cavalo de pau’ todo mês e que tem uma jurisprudência flutuante, que tudo é a bel prazer”, disse o senador que ainda sugeriu uma autocrítica do Senado e da Câmara.”