(Foto: Flickr/TCE-AM)
Manaus (AM) – O conselheiro Ari Moutinho se mantém afastado, há 15 dias, do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) após a conselheira Yara Lins acusá-lo de tê-la ofendido com xingamentos, antes de iniciar a votação que a elegeu a nova presidente da Corte de Contas.
Conforme apurou o Portal AM1, conselheiro teria evitado as sessões porque caiu e rompeu os ligamentos do pulso e do tornozelo. Ari estaria de licença médica para se recuperar.
Durante a abertura da 36ª sessão ordinária, nesta terça-feira (17), o atual presidente, Érico Xavier Desterro, disse que Ari Moutinho está em “licença especial”, sem esclarecer o motivo do afastamento. Na sessão anterior, no último dia 10, o conselheiro também não estava presente. Na ocasião, foi informado que ele estava de licença médica.
A denúncia contra o conselheiro foi formalizada na Delegacia Geral da Polícia Civil, onde Yara falou com a imprensa e relatou detalhes sobre o crime que teria ocorrido no dia 3 – dia da votação.
Yara contou que, antes da votação, foi cumprimentar Ari, mas recebeu uma negativa dele. Na ocasião, conforme a conselheira, ele a chamou de safada [sic] e outros palavrões, além de ter passado as mãos no rosto dela.
Ari nega a agressão à Yara e diz que as acusações são infundadas. Segundo ele, Yara quer puni-lo por ele ter preferido anular o voto na eleição do que escolhê-la como presidente da Corte.
Desdobramentos
No mesmo dia da denúncia, Yara Lins se reuniu com parlamentares na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) para relatar sobre o caso à Comissão da Mulher, na Aleam, e pedir providências.
A briga chegou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que relatou o ocorrido.
Yara também expôs o caso na Câmara dos Deputados, em Brasília, na semana passada.
(*) Matéria atualizada em 19/10/2023 para inserir informações sobre o estado de saúde do conselheiro Ari Moutinho
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