MANAUS, AM – Embora só se fale em Eduardo Leite (RS) e João Doria (SP), o ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, insiste em querer se lançar como alternativa e candidato à Presidência da República pelo PSDB. Nesta semana, o ex-prefeito terminou seu giro pelo Brasil, em reunião com diretórios estaduais para pedir apoio à sua candidatura.
Arthur começou a semana no Rio de Janeiro, na terça-feira (19), em debate com Doria, que é governador de São Paulo, e Leite, governador do Rio Grande do Sul. Na ocasião, ele também se reuniu com o diretório estadual do partido no Rio, e na quarta-feira (20), ele visitou os diretórios estaduais do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, base de Eduardo Leite; e Santa Catarina, em Florianópolis, no mesmo dia.
Em Porto Alegre, o ex-prefeito de Manaus disse que foi levar uma mensagem sucinta: o PSDB é o partido onde estão seus amigos, “talvez os melhores do Brasil”. “Ele tem um grande legado, mas está pequeno e devemos resgatar isso. Venho de Manaus, capital da Amazônia, cidade que completará 352 anos, mas que é milenar, e o nosso país tem traços indígenas. Tenho orgulho de ser manauara, amazonense, e devemos ter o orgulho de ser brasileiro também”, disse o ex-gestor.
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Já na quinta-feira (21), Arthur foi ao Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande (MS), ele foi recebido pelo governador Reinaldo Azambuja, seu correligionário, e aproveitou para tecer elogios ao companheiro. “Vi aqui um governo excepcional, administrado por um homem generoso, visionário, que sabe muito bem das necessidades do seu povo e entende o seu dever de líder”, apontou.
Na sexta-feira (22), o ex-senador foi para Cuiabá (MT), onde se reuniu com o diretório tucano estadual e deu entrevista a uma rádio local. Na entrevista, ele disse que sempre foi esportista, que gostava dos esportes individuais, e que enfrenta “um adversário por vez, com a cabeça erguida”.
Azarão
Longe do Congresso Nacional desde 2011, Arthur tenta se lançar como candidato à Presidência tendo a Amazônia como principal bandeira de luta. No entanto, o tucano ainda precisa lutar contra a resistência interna dentro do próprio ninho no Amazonas. É que, no início das prévias, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) decidiu declarar apoio ao senador Tasso Jereissati (CE) como seu pré-candidato. No entanto, com a desistência de Tasso, Plínio decidiu, enfim, apoiar Arthur.
Ainda pesa contra Arthur o fato de que todo o país só fala em Eduardo Leite e João Doria, e nem de longe cogitam o manauara como candidato de peso à Presidência da República. Leite e Doria, que declararam voto a Bolsonaro em 2018, agora seguem em oposição ao presidente, e o nome de Eduardo Leite tem ganhado cada vez mais força, inclusive em diretórios fiéis a João Doria, como o de Minas Gerais, que declarou apoio oficial ao gaúcho, e até mesmo em diretórios municipais de São Paulo, forte reduto do tucanato.
A eleição que vai definir o candidato tucano ao Palácio do Planalto acontecerá em 21 de novembro. Caso haja segundo turno, este deve acontecer no dia 28 de novembro.
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