Manaus, 25 de abril de 2024
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Política

Bolsonaro faz novas críticas ao STF e chama ministro de ‘criminoso’

'Vamos pela última vez às ruas para mostrar para aqueles surdos ministros do STF que o povo tem que ser o nosso norte', disse

Bolsonaro faz novas críticas ao STF e chama ministro de ‘criminoso’

Foto: Divulgação| Planalto

São Paulo – Em ataque a outro ministro do STF e ao sistema eleitoral brasileiro, o presidente defendeu nesta terça-feira que o presidente da Corte, Luiz Fux, deveria ser incluído no inquérito das fake news por ter defendido, na segunda-feira (1), a lisura das urnas eletrônicas durante seu discurso de abertura do semestre do Judiciário.

“Fux está no mínimo equivocado, ou é fake news. Deveria então o Fux estar respondendo no inquérito do Alexandre de Moraes das fake news, se fosse um inquérito sério”, declarou o presidente na entrevista à Rádio Guaíba. “Prezado Fux, qual país desenvolvido do mundo adota nosso sistema eleitoral? Que maravilha esse sistema eleitoral que ninguém quer”.

Bolsonaro também atacou o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, a quem chamou de “criminoso” por ter articulado junto a parlamentares a rejeição à proposta do voto impresso defendida pelo governo, e voltou a convocar seus apoiadores para os atos de 7 de Setembro. “Vamos pela última vez às ruas para mostrar para aqueles surdos ministros do STF que o povo tem que ser o nosso norte”, declarou na entrevista.

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De acordo com Bolsonaro, os atos de 7 de Setembro terão, pela primeira vez, um desfile cívico-militar em Copacabana, no Rio. “O desfile deve durar no máximo uma hora, com tropas das Forças Armadas”, revelou o presidente. “Da nossa parte, ninguém vai querer protesto para fechar isso, fechar aquilo. Moralmente tem instituições se fechando. Dá para a gente ganhar essa guerra dentro das quatro linhas”, acrescentou. “Uma das frases mais mostradas lá deve ser a questão da transparência, em especial a eleitoral. Vamos ter eleições, mas queremos transparência”.

Os atos bolsonaristas do Dia da Independência de 2021 foram um dos pontos mais altos de enfrentamento entre Bolsonaro e as instituições brasileiras. Na Avenida Paulista, Bolsonaro declarou à época que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.

A ameaça ganhou reação do mundo político, que viu chance de crime de responsabilidade passível de impeachment. Pressionado, Bolsonaro teve de publicar uma carta à nação escrita pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) para diminuir a fervura.

(*) Com informações da Agência Estado