Manaus, 18 de maio de 2024
×
Manaus, 18 de maio de 2024

Cidades

Caio André diz que vai intermediar negociações com Rodoviários e Prefeitura sobre greve

Presidente da Casa defendeu saída que atenda à reivindicação dos trabalhadores e garanta o direito de ir e vir da população

Caio André diz que vai intermediar negociações com Rodoviários e Prefeitura sobre greve

Caio André. Foto: Antônio Mendes/Portal AM1

Manaus (AM) – Na tarde desta terça-feira (16), a menos de 24 horas antes do início da paralisação anunciada pelos Rodoviários, o presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Caio André (PSC), afirmou ao Portal AM1 que a Casa vai atuar como mediadora nas negociações entre os trabalhadores e o Poder Executivo.

O parlamentar defendeu uma saída que atenda à reivindicação dos funcionários do transporte coletivo – reajuste salarial de 12,38% – e garanta o direito de ir e vir da população.

“Os trabalhadores do transporte coletivo sabem que as pessoas precisam se locomover no dia a dia, mas também merecem a devida atenção e respeito do poder público. Temos vereadores tratando dessa questão e a Casa vai intermediar. Vamos lutar para que todos saiam ganhando”, declarou.

Na sessão plenária de ontem (15), o vereador Rodrigo Guedes (Podemos) comentou a estratégia do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) de aumentar o valor da passagem para evitar a paralisação dos Rodoviários.

“Apesar dos subsídios, Manaus não pode receber novo aumento da tarifa. Os dados econômicos da cidade e do estado estão entre os cinco piores em termos de renda, empregabilidade e distribuição de renda”.

Pressão

Na mesma sessão, o diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Paulo Henrique Martins, apresentou dados sobre os custos do transporte coletivo na capital. Ele afirmou que o órgão enfrenta uma intensa pressão por conta do reajuste salarial dos Rodoviários, efetuado todos os anos no mês de maio.

“Isso vai representar um adicional de R$ 63 milhões neste ano. Além disso, o Sinetram pretende repassar os custos da inflação, hoje, em cerca de 4,10%”, pontuou. “Qual seja o custo do aumento salarial, isso vai impactar no custo operacional e dos subsídios pagos pela Prefeitura”.

Ele acrescentou que Manaus figura na lista das capitais com menor ocorrência de reajuste de tarifa nos últimos dez anos.

“Todos os aumentos de combustível e salário foram absorvidos pela Prefeitura, o que influencia nas demais ações do Executivo”, finalizou.

LEIA MAIS: