Órgão reconsiderou medidas após repercussão do caso na imprensa (Foto: Reprodução/ Redes sociais)
MANAUS – A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou, nesta segunda-feira (24), moção de repúdio contra a atuação de agentes Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no caso do influencer Agenor Tupinambá, que publicava nas redes sociais fotos e vídeos da convivência com a capivara Filó.
Após denúncias de supostos maus-tratos, o órgão ambiental estabeleceu multa de R$ 17 ao rapaz e a devolução do animal ao seu habitat. O Ibama, no entanto, reconsiderou as medidas após grande repercussão do caso nas redes sociais.
Em discurso contraditório, o vereador Kennedy Marques (PMN) parabenizou o trabalho “feroz e agressivo” realizado pelos agentes do Ibama para proteger a flora e a fauna. Por outro lado, argumentou que animais costumam se aproximar de propriedades rurais após fugirem de seu habitat em decorrência da caça ilegal, e criticou a abordagem dos fiscais.
“Uma equipe forte de policiais preparados que deveriam sair em busca de crimes na zona urbana, como feiras clandestinas, tráfico de animais, extração ilegal de madeira”. O vereador propôs a criação de espaços de acolhimento de animais silvestres. “Um santuário compatível com a nossa diversidade, em vez de punir situações isoladas em áreas rurais”, exemplificou.
Truculência
O vereador Dione Carvalho (Patriota) também exigiu isonomia do Ibama na repressão de crimes ambientais cometidos por cidadãos de alto poder aquisitivo.
“Gostaria de perguntar ao superintendente (do Ibama) se eles fazem essa truculência nos redutos do Vieiralves, da Ponta Negra e do Parque 10”, indagou. “Sabemos que há magnatas na área urbana que têm macacos e animais silvestres”. Segundo o vereador, a denúncia não tem fundamento jurídico porque a capivara estava recebendo cuidados.
Em apoio à moção nº 70/2022, apresentada pelo vereador Rodrigo Guedes (Podemos), os parlamentares afirmaram que a abordagem dos fiscais na faculdade onde o influencer estuda Agronomia foi desproporcional.
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