Manaus, 24 de abril de 2024
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Política

Câmara dos Deputados rejeita PEC do Voto Impresso e texto será arquivado

Para ser aprovada no plenário, a proposta precisava de 308 votos, mas obteve apenas 229 em sessão, nesta terça-feira (10)

Câmara dos Deputados rejeita PEC do Voto Impresso e texto será arquivado

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

BRASÍLIA/DF – A Câmara dos Deputados rejeitou, nesta terça feira (10), a PEC do Voto Impresso. Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários. Ao todo, 448 votos foram computados na sessão. Para ser aprovada, a proposta precisava de, no mínimo, 308 votos. Com isso, o texto será arquivado e a urna eletrônica será mantida nas eleições de 2022.

De autoria da parlamentar Bia Kicis (PSL – DFA), a PEC 135/2019 propunha ao eleitor conferir se o recibo em papel – cédulas físicas – coincide com o seu voto, porém, não é possível levar o comprovante.

A ideia é amplamente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como forma de dar mais segurança às eleições do país. Mesmo sem provar, Bolsonaro afirma que há indícios de “manipulação” no último pleito e questiona o atual sistema da votação eletrônica.

Na última sexta-feira (6), a comissão especial da Câmara dos Deputados já havia recomendado que o plenário rejeitasse a PEC. O parecer elaborado pelo relator, deputado Raul Henry (MDB-PE) – que prevê a derrota do voto impresso no Congresso – foi aprovado por 22 votos a 11.

Leia mais: PEC do Voto Impresso é rejeitada por 23 votos a 11

Ainda assim, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que a decisão sobre a PEC seria tomada pelo Plenário da Casa. Segundo Lira, a proposta é polêmica e, por essa razão, é preciso da análise dos deputados para uma definição.

Consultados pelo Portal AM1, alguns parlamentares da bancada amazonense informaram que barrariam a proposta, enquanto os deputados da base bolsonarista no Amazonas consideravam a aprovação da PEC uma realidade. 

Leia mais: Bancada do AM se divide para decidir sobre voto impresso nesta terça-feira

Apesar disso, às vésperas da votação, Bolsonaro admitiu que a proposta deveria ser derrotada na Casa Parlamentar. Segundo ele, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “apavorou os parlamentares” e que haveria deputados que “devem à Justiça”.

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