Foto: Reprodução
MANAUS, AM – O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ouviu, nesta terça-feira (26), o último réu envolvido no caso da morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, ocorrida em 29 de setembro de 2019. O policial Elizeu da Paz de Souza, que era lotado na Casa Militar da Prefeitura, foi o último ouvido na manhã desta terça-feira.
O depoimento sucedeu com pouco mais de uma hora, iniciado às 9h34 e terminado às 10h40. Segundo o TJAM, Elizeu se limitou apenas a responder as perguntas do juiz que comanda o caso, Celso Souza de Paula, e de sua advogada. Já do promotor de Justiça Marcelo Almeida, o policial não respondeu qualquer pergunta.
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O policial militar, segundo as investigações, seria segurança pessoal do enteado do ex-prefeito Arthur Neto (PSDB), Alejandro Valeiko Molina. Ele responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, fraude processual, tentativa de homicídio e ocultação de cadáver.
Processos
A audiência de instrução do caso foi retomada na última segunda-feira (25), com os depoimentos de três testemunhas de defesa e o interrogatório de quatro dos cinco réus. Elizeu foi o último a ser ouvido, nesta terça-feira.
Segundo o juiz Celso Souza de Paula, ainda não há uma data para a data do julgamento, de fato. O magistrado informou que o julgamento só deverá acontecer depois que a sentença de pronúncia transitar em julgado, caso os réus sejam pronunciados para irem a júri popular. O juiz ainda disse que deve analisar o pedido de relaxamento de prisão de Elizeu da Paz e Mayc Vinícius Teixeira Paredes, solicitado pelas defesas dos dois.
“Não há como prever, pois tanto da sentença de pronúncia ou impronúncia, cabe recurso. Havendo pronúncia, quem for pronunciado pode recorrer da sentença; do mesmo modo, se um dos réus for impronunciado, o Ministério Público também poderá recorrer”, explicou Celso de Paula.
Próximas etapas
Com o encerramento da audiência de instrução, devem ser feitas novas diligências pelas defesas dos cinco envolvidos, e logo após, acusação e defesa vão apresentar os memoriais finais. Em seguida, o processo ficará concluso para a pronúncia ou impronúncia. Na sentença de pronúncia, é decidido que existem indícios do crime, e que os acusados podem ser culpados. Por se tratar de um crime contra a vida, o processo será decidido no tribunal do júri.
Já na sentença de impronúncia, o juiz não se convence da materialidade do fato ou da existência de indícios de autoria e participação no crime por parte dos réus.
Quatro réus do Caso Flávio foram ouvidos na terça-feira. Alejandro e Paola Molina Valeiko, filhos da ex-primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko; José Edvandro Martins de Souza Júnior e Mayc Vinícius Teixeira Parede. Alejandro e Paola permaneceram em silêncio, e os depoimentos mais longos foram os de Parede e Souza Júnior.
(*) Com informações da assessoria.
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