Manaus, 17 de maio de 2024
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Cenário

Cassação de Simão Peixoto entra na pauta da Câmara de Borba nesta quarta

O prefeito afastado teve processo de investigação aberto na Câmara de Borba por quebra de decoro parlamentar.

Cassação de Simão Peixoto entra na pauta da Câmara de Borba nesta quarta

Simão Peixoto (Foto Divulgação Facebook)

Manaus (AM) – O pedido de cassação do prefeito de Borba Simão Peixoto (PP), que está afastado do cargo, vai entrar em pauta na Câmara Municipal da cidade nesta quarta-feira (16).

Simão Peixoto, que já acumula várias polêmicas na política, inclusive, já foi preso duas vezes neste ano, pode perder o mandato de forma definitiva por quebra de decoro no cargo.

Em junho deste ano, sete, dos nove vereadores do município, votaram a favor do recebimento de denúncias contra o político e para a criação de uma comissão para investigá-lo.

A comissão é presidida pela vereadora Tatiana Franco, que, inclusive, alega ter sido vítima de violência política de gênero cometida por Peixoto, segundo ela, no dia 30 de outubro do ano passado. Na ocasião, o prefeito teria ameaçado, em praça pública, espancar a vereadora.

A equipe do Portal AM1 entrou em contato com a advogada de defesa do político e questionou se ele vai acompanhar a sessão que pode cassar o mandato. A defesa de Peixoto alega não ter informações sobre a agenda do político nesta quarta.

Ainda conforme a defesa, “o processo estará na pauta às 17h na Câmara de Borba”.

Prisões

Simão foi preso preventivamente no dia 3 de março deste ano pelos crimes de ameaça, desacato, difamação e restrição aos direitos políticos em razão do sexo, mas foi solto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 8 do mesmo mês.

Já em maio, o político foi um dos alvos da ‘Operação Garrote’, do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que investiga a criação de uma organização criminosa no município de Borba.

Segundo o MP, Simão cometia fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva enquanto esteve à frente da prefeitura. Alguns familiares dele também foram alvo da operação.

No dia da operação, o político fugiu da cidade em uma lancha e – após ficar mais de seis dias foragido – apresentou-se na delegacia da Polícia Civil (PC) no dia 29 de maio, quando foi preso e encaminhado para um presídio de Manaus.

Após ficar quase três meses preso, Simão foi solto no dia 16 de julho. O chefe do Executivo municipal responde pelo crime em liberdade, mas usa tornozeleira.