Brasília (DF) – Com o aval de apenas três parlamentares dos onze da bancada federal do Amazonas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investigará a invasão aos Três Poderes no dia 8 de janeiro, será instalada nesta quinta-feira (25), em sessão no Congresso Nacional.
O posicionamento contrário dos amazonenses se deu durante a assinatura do requerimento para a instalação da comissão, realizada no dia 18 de abril, em sessão do Congresso Nacional. Na ocasião, entre os três senadores do estado, apenas o tucano assinou o pedido de instalação da CPMI.
Já na Câmara dos Deputados, dos oito parlamentares, somente o Capitão Alberto Neto (PL) e Fausto Júnior (União Brasil) assinaram o documento.
A bancada amazonense é formada por oito deputados federais: Adail Filho (Republicanos); Amom Mandel (Cidadania); Alberto Neto (PL); Átila Lins (PSD); Fausto Jr. (União); Saullo Vianna (União); Silas Câmara (Republicanos) e Sidney Leite (PSD).
No Senado Federal, o Amazonas conta com Eduardo Braga (MDB), Omar Aziz (PSD) e Plínio Valério (PSDB).
Votação para a mesa-diretora
A sessão mista irá eleger, hoje, quais serão os nomes que vão dirigir as investigações da CPMI no Congresso, elegendo presidente e vice da comissão, que contará com integrantes das duas Casas legislativas – Câmara e Senado.
A composição dos membros será de 16 deputados e 16 senadores titulares, com igual número de suplentes.
Maioria lulista
A comissão foi formalmente criada em 26 de abril com a leitura do seu pedido de abertura em sessão do Congresso. Das 32 vagas, o governo deve ficar com ao menos 18 assentos, e a oposição, 9.
Retrospecto
Antes, o pedido de abertura da CPMI havia ficado engavetado, pois integrantes e aliados do governo Lula eram contra a instalação de uma comissão para investigar as invasões por avaliarem que seria uma forma de desgastar o Executivo.
O incomodo do Governo Lula foi tanto, que de acordo com deputados federais, até cargos e emendas parlamentares foram oferecidos aos congressistas pelo petista, para que eles não assinassem ou retirassem o apoio à instalação da comissão.
Entretanto, a situação mudou no dia 19 de abril e a instalação tornou-se inevitável, após o vazamento de imagens do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto no dia da invasão, andando entre os vândalos e aparentemente não atuando para conter as depredações.
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