BRASÍLIA, DF – Com o aumento de casos de coronavírus, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) tem sido pressionado tanto por auxiliares diretos como por parlamentares governistas a recuar da previsão de reajuste, neste ano, a policiais federais.
O argumento é que, além de a iniciativa estar estimulando greves no setor público, ela ocorre em um momento no qual o governo federal poderá ser obrigado a aumentar os repasses para estados e municípios no combate à variante Ômicron.
A solicitação para que o presidente reavalie a questão foi transmitida ao Palácio do Planalto, no final da semana passada, tanto por integrantes do Ministério da Economia como por lideranças partidárias do Congresso Nacional.
A defesa por um recuo no reajuste é compartilhada por integrantes da articulação política do governo federal, incluindo o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).
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A avaliação é que uma desistência do presidente é a única forma de evitar que demais setores públicos se unam aos auditores da Receita Federal e aos funcionários do Banco Central em uma paralisação.
Segundo a CNN Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem afirmado que seria um equívoco conceder reajuste salarial antes que a pandemia do coronavírus esteja fora do horizonte.
Além disso, há um receio na equipe econômica que um aumento salarial, somado a reajustes concedidos por gestões estaduais a servidores públicos, criará uma escalada inflacionária que pode afetar a economia brasileira.
Ao todo, foi reservado no orçamento deste ano um montante de R$ 1,7 bilhão para servidores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. O valor foi previsto em um aceno eleitoral do presidente a uma categoria considerada um dos pilares de sustentação de sua eleição em 2018.
(*) Com informações da CNN Brasil
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