Manaus, 8 de maio de 2024
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Política

Criminosos do 8/1 queriam enforcar Moraes na Praça dos Três Poderes

O ministro Alexandre de Moraes demonstrou ter ficado abismado com a inércia da Polícia Militar do Distrito Federal em conter os criminosos antes e durante as invasões.

Criminosos do 8/1 queriam enforcar Moraes na Praça dos Três Poderes

(Foto: Tânia Rêgo/ABr)

Brasília (DF) – Um dos principais alvos dos criminosos responsáveis pela invasão, depredação às sedes do Senado, Câmara dos Deputados, Supremo Tribunal Federal (STF) e Planalto, no dia 8 de janeiro de 2023, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, disse que os extremistas pretendiam enforcá-lo na Praça dos Três Poderes.

A revelação foi em entrevista para o jornal O Globo. Segundo Moraes, permitir que eleitores insatisfeitos com o resultados das urnas nas eleições de 2022 acampasse em frente a quartéis do Exército foi um grande erro das autoridades. Antes dos ataques, o recém-empossado governo Lula (PT) estimava haver cerca de 5 mil manifestantes acampados em frente a quartéis em todo o país.

Plano contra Moraes

Conforme Moares, as investigações apontam que havia três planos: primeiro que as Forças Especiais [do Exército] o prenderiam e o levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no caminho para Goiânia. “Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, disse Moraes.

“Uns mais exaltados, defendiam que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, disse.

Na época, o ministro da Justiça, Flávio Dino, defendia uma ação mais ostensiva das forças de segurança para remoção de bolsonaristas.

Em outro ponto da entrevista, Moraes demonstrou abismado com a inércia da Polícia Militar do Distrito Federal em conter os criminosos antes e durante as invasões. “Afirmo sem medo de errar: não precisaria de cem homens do Batalhão de Choque para dispersar aquilo”.

Alexandre de Morares foi secretário da Segurança Pública de São Paulo na gestão do então governador Geraldo Alckmin e, posteriormente, ministro da Justiça de Michel Temer, que o indicou, em 2017, para a vaga no STF que era do ministro Teori Zavascki.

 

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