O ministro relator a operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, aceitou pedido da Procuradoria Geral da República e encaminhou à Justiça Federal de Primeira Instância, a denúncia eita pelo diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, contra o prefeito de Manaus, Arthur dVirgílio Neto (PSDB), acusado de receber R$ 300 mil do Departamento de Propina da empreiteira. O prefeito não tem foro privilegiado para ser julgado pelo STF. As investigações sobre ele serão feitas no âmbito do Tribunal Regional da Primeira Região (TRF1)
O nome de Arthur Virgílio aparece na lista de petições enviadas a outras instâncias, onde constam, também, indícios contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso desde outubro em decorrência de investigações da Lava-Jato. Há também indícios contra o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), que estará nas mãos do TRF da 2ª Região; contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro Jonas Lopes de Carvalho; e contra o ex-prefeito Eduardo Paes, que teve petição enviada à Justiça Federal do Rio.
Há também uma petição com indícios contra o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. Além disso, foi enviada à Justiça Federal em São Paulo uma petição contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). Estão em outras petições enviadas a várias instâncias do país indícios contra os ex-ministros Aloysio Mercadante, Geddel Vieira Lima, Guido Mantega, Antonio Palocci. O ex-deputado José Genoino (PT), condenado na Lava-Jato, também foi citado na delação da Odebrecht e deverá ser investigado na Justiça Federal de São Paulo.
O prefeito, de acordo com a delação, recebeu R$ 300 mil em propinas da construtora Odebrecht durante a campanha para o Senado Federal em 2010. Conforme o delator, Artur Neto era conhecido como ‘Kimono’ – o político amazonense é faixa-vermelha de jiu-jitsu, a maior graduação da arte marcial. O prefeito negou as acusações e disse que vai processar o delator.
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