Manaus, 20 de maio de 2024
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Manaus, 20 de maio de 2024

Política

Delação sobre Arthur na Lava Jato será investigada na primeira instância da Justiça Fedeal

Delação sobre Arthur na Lava Jato será investigada na primeira instância da Justiça Fedeal

O ministro relator a operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, aceitou pedido da Procuradoria Geral da República  e encaminhou à Justiça Federal de Primeira Instância, a  denúncia  eita pelo diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, contra o prefeito de Manaus, Arthur dVirgílio Neto (PSDB), acusado de receber R$ 300 mil do Departamento de Propina da empreiteira. O prefeito não tem foro privilegiado para ser julgado pelo STF. As investigações sobre ele serão feitas no âmbito do Tribunal Regional da Primeira Região (TRF1)

O nome de Arthur Virgílio aparece na lista de petições enviadas a outras instâncias, onde constam, também, indícios contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso desde outubro em decorrência de investigações da Lava-Jato. Há também indícios contra o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), que estará nas mãos do TRF da 2ª Região; contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro Jonas Lopes de Carvalho; e contra o ex-prefeito Eduardo Paes, que teve petição enviada à Justiça Federal do Rio.

Há também uma petição com indícios contra o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. Além disso, foi enviada à Justiça Federal em São Paulo uma petição contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). Estão em outras petições enviadas a várias instâncias do país indícios contra os ex-ministros Aloysio Mercadante, Geddel Vieira Lima, Guido Mantega, Antonio Palocci. O ex-deputado José Genoino (PT), condenado na Lava-Jato, também foi citado na delação da Odebrecht e deverá ser investigado na Justiça Federal de São Paulo.

O prefeito, de acordo com a delação, recebeu R$ 300 mil em propinas da construtora Odebrecht durante a campanha para o Senado Federal em 2010. Conforme o delator, Artur Neto era conhecido como ‘Kimono’ – o político amazonense é faixa-vermelha de jiu-jitsu, a maior graduação da arte marcial. O prefeito negou as acusações e disse que vai processar o delator.