Manaus – Forte aliado do presidente Jair Bolsonaro no Amazonas, o deputado estadual Delegado Péricles (PL), criticou o discurso feito pelo ex-presidente Lula (PT) durante o evento que lançou a pré-candidatura do petista à Presidência, neste sábado (7). Nas redes sociais, o parlamentar usou uma montagem para se referir a Lula, ao mesmo tempo em que apontou a contradição do ex-presidente.
No evento de Lula, ele afirmou que o Brasil precisa de mais livros e menos armas, sendo uma crítica às falas do presidente Bolsonaro, que defende o armamento e que o cidadão civil possa ter acesso as armas, além de ter sido uma das fortes pautas defendidas por ele durante a campanha de 2018.
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“O Brasil terá a oportunidade de decidir que país vai ser pelos próximos anos, e próximas gerações. O Brasil da democracia ou do autoritarismo? Do conhecimento e tolerância ou do obscurantismo e da violência? Da educação e cultura ou dos revólveres e fuzis?”, disse.
O discurso de Lula, no entanto, não agradou o eleitorado bolsonarista, incluindo o deputado do Amazonas, Delegado Péricles. O parlamentar usou as redes sociais para compartilhar o comentário do petista e alegou que Lula prega para que os brasileiros leiam livros, mas que a segurança dele anda armada.
Vale destacar que a postagem ainda teve um tom irônico, uma vez que mostrava que Lula quer que os brasileiros se sintam seguros com livros, e na imagem aparece um livro de romance adolescente, sendo uma forma de satirizar o discurso.
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Delegado Péricles é um dos bolsonaristas que não solta a mão do presidente. No ano passado, ele entrou com um projeto para conceder a Bolsonaro o Título de Cidadão Amazonense, sob a justificativa da compra das vacinas e transferência de recursos para estados e municípios durante a pandemia da covid-19.
Vale lembrar que Bolsonaro, em diversos momentos, fez discursos anti-vacina e chegou a afirmar que não compraria o imunizante, além de comentar que não se responsabilizaria se as pessoas que recebessem as doses se transformassem em jacarés.
O projeto foi votado em regime de urgência. Dos 24 parlamentares, 19 votaram à favor da concessão de título e um foi contrário. Houve uma abstenção e três ausências.
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