Manaus, 1 de maio de 2024
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Cenário

Eduardo Alfaia e Rodrigo Guedes trocam ofensas na CMM

Alfaia se intrometeu na conversa e disse ao presidente da CMM que o vereador Guedes "quer pautar as ações da Câmara" conforme a própria "conveniência política e eleitoral”.

Eduardo Alfaia e Rodrigo Guedes trocam ofensas na CMM

(Fotos: Robervaldo Rocha/Dircom/CMM)

Manaus (AM) – O vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) e o vereador Eduardo Alfaia (Agir), líder do prefeito, suscitaram um bate-boca nesta segunda-feira (8) durante a apresentação dos projetos à Casa Legislativa.

Isso porque o presidente da Câmara Municipal de Manaus, o vereador Caio André (União Brasil), consentiu que representantes do Sindicato dos Professores de Manaus (Sindical/Asprom) manifestassem a reivindicação deles a pedido do vereador Guedes, que já havia se comprometido com a categoria, que iria intervir na CMM em favor dos professores, que pedem reajuste de 1,85%.

“Na sexta-feira, o sindicato dos professores formalizou o pedido para poder se manifestar aqui hoje. Gostaria de saber, de vossa excelência, se é possível?”, perguntou Guedes a Caio André.

Caio André aceitou a solicitação de Rodrigo Guedes, com a ressalva que fosse antes do pequeno expediente, momento em que acontece a sessão de debates dos parlamentares já inscritos para aquele momento.

Alfaia se intrometeu na conversa e disse ao presidente da CMM que o vereador Guedes “quer pautar as ações da Câmara” conforme a própria “conveniência política e eleitoral” dele. O líder do prefeito destacou que a matéria não estava em pauta.

“O sindicato já veio aqui por duas vezes. A matéria não está na pauta hoje. Então eles vão vir aqui, primeiro, porque esse movimento é claramente um movimento político. Então, assim, nós vamos dar ouvido aqui ao presidente do sindicato, alguma manifestação, às vezes, ‘são ofensivas’ [sic] conosco. Lamentavelmente usam vídeos depois. Eu fui vítima essa semana de inúmeros ataques por parte deste sindicato. Abre a tribuna da Câmara Municipal, à revelia do regimento, que não há essa possibilidade. Eu quero lamentar essa postura e pedir a vossa excelência que não acate esse pedido do vereador Rodrigo Guedes. Porque isso é uma clara tentativa de buscar desgaste ao prefeito Davi Almeida. Então ele deveria ser sério, verdadeiro, em nome da verdade, repondo à verdade. Então, eu gostaria de pedir o bom senso de vossa excelência, você é presidente dos 41 vereadores e não apenas do vereador Rodrigo Guedes, que quer pautar a Câmara Municipal de Manaus conforme a sua conveniência política e eleitoral”, reclamou Alfaia.

Ao se sentir insultado, Rodrigo Guedes retrucou: “[..] lave sua boca para falar de mim!”.

“Presidente, eu quero invocar aqui o artigo 142, parágrafo único do regimento interno da Câmara Municipal de Manaus, porque houve aqui claramente uma citação ofensiva do líder do prefeito, o vereador Eduardo Alfaia. Eu quero falar de forma muito direta, o vereador Eduardo Alfaia, que se ele não tem informação das demandas, inclusive dos profissionais de educação, porque simplesmente não os ouve, apenas os ofende, os ataca, eu não tenho culpa. Não sou eu que fico atacando os profissionais de educação. Inclusive, o vereador Eduardo Alfaia deveria respeitar os profissionais de educação da cidade de Manaus, porque ele disse aqui nessa tribuna, inclusive, que se os profissionais de educação não querem 1,25%, deveriam abrir mão. Uma fala totalmente ofensiva, ele tem que respeitar, respeite minha fala. Lave sua boca para falar de mim, lave sua boca para falar de mim, vereador. Lave sua boca, lave sua boca, lave sua boca para falar de mim. Respeite a minha fala, vereador, respeite a minha fala, eu estou falando”.

Guedes pediu que Alfaia mostrasse quando foi ofendido por um representante sindical. “Vereador Eduardo Alfaia, vossa excelência falou aí de forma taxativa: ele deveria ser sério. Vereador, me respeite, vereador, eu não estou aqui brincando. Eu estou externalizando as demandas dos profissionais de educação. Se vossa excelência considera 1,25% bom, vossa excelência que fale ali para aqueles que estão lá no batente no dia a dia. O meu trabalho é sério, o meu trabalho é pautado pela verdade, pela responsabilidade. Não adianta falar que a prefeitura vai enviar um projeto de lei. Projeto de lei é papel. Projeto de lei tem que estar escrito. Vídeo não aprova projeto de lei”, continuou Guedes, que frisou a Alfaia que os profissionais de educação deveriam ser respeitados pelo parlamentar.

 

Manifestação

Desde as 8h desta segunda-feira, um grupo de professores municipais já se reunia em ato de protesto, em frente à CMM.

Segundo o sindicato, os professores pleiteiam mudança do índice do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ( 1,25 ) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ( 1,85 ) e aumento real de 6%. Na ocasião, eles queriam apresentar a contraproposta, pois reclamam do valor ofertado pela Prefeitura de Manaus.

 

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