Manaus, 21 de maio de 2024
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Cenário

Professores fazem protesto contra ‘projeto da maldade’

A Asprom fez uma manifestação na frente da Secretaria de Educação do Município (Semed) em busca do reajuste de 1,85% e aumento real no salário de 6%.

Professores fazem protesto contra ‘projeto da maldade’

(Foto: Celso Maia/ Portal AM1)

Manaus (AM) – O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom) realizou uma manifestação em frente a sede da Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed), na avenida Mário Ypiranga, 2358 – Parque Dez de Novembro, nesta quinta-feira (5). A categoria busca valorização e reajuste de salário para os profissionais da educação em Manaus.

O ato da associação dos professores foi para chamar a atenção do prefeito David Almeida. Um grupo de professores se reuniu na sede do órgão, para tentar uma renegociação no reajuste salarial da categoria.

A princípio seria de 1,25% (INPC), e os professores pedem que aumentem para 1,85% (INPCA). Calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a valorização real de 6% no reajuste salarial.

Helma Sampaio, a coordenadora administrativa do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom), disse ao Portal AM1 que a categoria busca melhorias para os profissionais do magistério.

“ Estamos aqui trazendo a nossa contra proposta que foi deliberada na assembleia (dos professores) no dia 3 de abril, em reunião realizada na zona Norte (bairro Cidade nova). Os professores deliberam a seguinte proposta: queremos modificação do projeto de lei do prefeito, que nós achamos que é uma extrema maldade. Pedimos que haja uma modificação no 1,25% que é do INPC, para 1,85% do IPCA. E também buscamos 6% de aumento real”, explicou.  

A coordenadora ainda disse que dá tempo para o prefeito de Manaus rasgar esse projeto, que ela batizou de projeto da Maldade. “Os professores só buscam valorização. Por isso pedem que um novo projeto seja enviado a Câmara Municipal de Manaus, com as melhorias solicitas pelos educadores”, pontuou.

A representante da classe disse, também, que irão acompanhar a votação do projeto de lei na Câmara Municipal de Manaus. E enfatizou que o vereador Rodrigo Guedes se comprometeu a apresentar emendas durante a sessão plenária da Casa Legislativa na próxima segunda-feira (8), além de defender as solicitações do sindicato.

“Segunda-feira nos estaremos na Câmara Municipal de Manaus apresentando as nossas emendas, que vão ser apresentadas para os parlamentares, pelo vereador Rodrigo Guedes e, também, pressionar e assegurar que os vereadores votem a favor do povo”, disse a sindicalista.

Em nota, a Prefeitura de Manaus informou que está ciente do ato de protesto, e que alguns representantes estavam ouvindo as demandas na sede do órgão, tentando chegar a um entendimento.

Confira a nota:

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), ciente da manifestação, realizou reunião com representantes destas e apresentou suas propostas aos Sindicatos.

Em respeito a Lei Eleitoral e a Resolução nº 23.738 da Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vetam aumentos superiores ao valor da inflação às remunerações em anos eleitorais, e visando garantir o reajuste da inflação o período de maio à dezembro de 2023 aos profissionais de educação, dividiu o pagamento da data-base 2024 em duas prestações, respeitando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Na proposta, o pagamento será feito em duas etapas: 1. A contar a partir do dia 1º de abril, com o valor acumulado do INPC de maio a dezembro/2023, sendo de 1,25%. 2. Será apresentado ainda um Projeto de Lei que abrangerá os meses de janeiro a abril de 2024, também de acordo com o INPC.
A utilização do INPC obedece ao art 37 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2024, publicada no DOM n° 5.536, edição extra, de 26 de junho de 2023, que estabelece que as despesas novas do respectivo ano não ultrapasse esse índice de medição de inflação.
Com isso, a Prefeitura de Manaus garante a atualização da remuneração de todos os seus profissionais da Educação nos últimos 4 anos, com um valor superior a 30% de correção no período.
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