Manaus, 19 de maio de 2024
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Manaus, 19 de maio de 2024

Cidades

‘Falta de vontade política’, diz conselheiro do TCE sobre lixões no AM

Sem conseguir erradicar os lixões, a maioria das prefeituras alega falta de recursos para implantar um sistema de destinação correta do lixo

‘Falta de vontade política’, diz conselheiro do TCE sobre lixões no AM

Conselheiro Júlio Pinheiro (Foto: Portal AM1)

MANAUS – Mais de 12 anos após a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que previa o fim dos lixões no Brasil, em 4 anos, nenhum município do Amazonas possui aterro sanitário. Sem conseguir erradicar os lixões, a maioria das prefeituras alega falta de recursos para a criação de aterros.

Em entrevista ao Portal AM1, o coordenador de ações ambientais do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), conselheiro Júlio Pinheiro, falou sobre a problemática. Conforme Pinheiro, que realiza inspeções periódicas em lixões no interior do Amazonas, é preciso mais engajamento dos municípios.

“Precisa de mais verbas, mas principalmente eu acho que falta vontade de buscar essa solução. A gente sabe que existem mecanismos que os prefeitos, os governantes podem se socorrer no sentido de buscar uma alternativa; mas essa história do lixo é uma coisa complicada, porque isso viabiliza poucas ações republicanas no ponto de vista da coleta, no ponto de vista dessa própria destinação”, disse o conselheiro.

Júlio Pinheiro destaca: “interesses políticos e pouco republicanos” podem estar por trás da falta de engajamento das prefeituras em executar totalmente a política de resíduos sólidos. Os municípios chegaram a apresentar planos, mas não implantaram os aterros.

“Infelizmente nós temos um problema no Brasil que muitas leis servem só como orientação. (…) nós temos muitas situações que pendem de soluções por falta de vontade política”, afirmou.

Em suas visitas aos municípios, o conselheiro encontrou lixões próximos a aldeias indígenas, onde crianças e adultos se colocavam em risco catando material reciclável. Nos locais, também é possível encontrar famílias que vivem da coleta e convivem, diariamente, com diversos riscos como o contato com lixo hospitalar.

Em entrevista ao Portal AM1, o conselheiro deu detalhes sobre o trabalho realizado na coordenaria de assuntos ambientais, bem como os projetos para os próximos anos, que incluem a atuação da COP 30.

Assista à entrevista completa:

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