Manaus, 9 de maio de 2024
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Cenário

Guedes afirma ter novas provas de negociação de barracas no CSU

Em junho deste ano, o vereador Gilmar Nascimento havia afirmado que não tinha envolvimento com organização do arraial do Parque Dez.

Guedes afirma ter novas provas de negociação de barracas no CSU

(Foto: CMM/ divulgação)

Manaus (AM) – O vereador Rodrigo Guedes incluiu, na representação que enviou ao Ministério Público, mais informações que apontam o envolvimento do ex-assessor de Gilmar Mendes, em um suposto pagamento para a organização de barracas no CSU do bairro Parque Dez de Novembro durante o arraial.

Entre as informações, segundo Guedes, estão prints de mensagens e áudio em que, supostamente, Gilmar cobrava pelo serviço no arraial do Centro Social Urbano (CSU).

No áudio, o vereador Gilmar Nascimento, a princípio, faz diversas exigências e orienta os comerciantes e ambulantes para terem acesso a espaço com barracas no tradicional arraial.

Em junho deste ano, após uma série de denúncias, o vereador Rodrigo Guedes (Podemos) disse que as barracas eram vendidas e afirmou, ainda, que a exploração da área verde do Parque Dez, para estacionamento privado, era de conhecimento do vereador Gilmar Nascimento.

Na época, Nascimento afirmou que era apenas um apoiador do evento. No áudio divulgado recentemente, no entanto, Gilmar revela que “cuida” também de outros festivais.

“Eu moro no bairro desde 1969. Estou como vereador no quinto mandato e não posso deixar de cuidar do evento. Eu cuido do Parque das Nações, do festival de lá, do Festival do Japiim e outros festivais, mas aqui é um festival que já tem história”, disse o áudio.

No áudio, Nascimento também dizia que quem não tivesse barraca, a coordenação iria “ceder” uma estrutura com lona no tamanho 3/3 [três por três metros]; mas quem tivesse barraca maior, teria que pagar uma diferença.

“A minha barraca é seis metros por quatro; é maior. Você tem que pagar a diferença. Eu cedi, aqui, este espaço para a coordenação trabalhar aqui. Todas as questões a respeito do festival, vocês não tratar aqui, não vai ser lá no Centro Social Urbano, no CSU é quando vocês estiverem lá”, diz.

Representação

Na representação encaminhada ao Ministério Público (MPAM) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Guedes aponta que, em 2022, o responsável pela organização do evento, à época, era o Instituto Norte Brasil, ainda que, supostamente, quem arrecadasse com as vendas das barracas fosse um assessor.

Além disso, nesse ano, a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) celebrou o contrato n. 053/2023 com a empresa Arsenal Produções, que tem como sócio-proprietário Francisco Emerson Menezes de Almeida, no valor de R$ 1.008.900,00 para atender o 42º Festival Folclórico do CSU do Parque Dez. Francisco Emerson também recebe pagamentos pelos aluguéis de barracas, assim como o senhor Sydean Barros Brasil Marques, servidor comissionado ligado ao gabinete do vereador Gilmar Nascimento.

Ouça:

Com informações do Radar Amazônico

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