Foto: Reprodução/Youtube
Brasília/DF – Em seu discurso como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta terça-feira (27), o senador Renan Calheiros (MDB), afirmou quais serão os objetivos da apuração, além de ter criticado, de forma indireta, as gestões e certas ações do Ministério da Saúde no enfrentamento à covid-19 no Brasil.
“Nós estamos discutindo aqui o direito à vida, e não se alguém é direita ou é da esquerda. Minhas opiniões ou impressões serão subordinadas aos fatos. Serei relator das minhas convicções, mas serei, igualmente, o redator do que aqui for apurado e comprovado. Nada além, nada aquém”, disse Calheiros no início do discurso.
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O senador também criticou o fato de, em meio à pandemia, o Ministério da Saúde ter sido comandado por um general e não um infectologista, uma clara crítica à gestão de Eduardo Pazuello, que é general do Exército Brasileiro.
Vale lembrar que o Ministério da Saúde passou por quatro gestões, em todo o período de pandemia. De forma cronológica, comandaram a pasta Luiz Henrique Mandetta, Ricardo Teich, Eduardo Pazuello, e agora, Ricardo Queiroga.
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“Imaginem um epidemiologista conduzindo nossas tropas lá em Monte Castelo. Na pandemia, o Ministério da Saúde foi entregue a um não especialista, não um general. O resultado fala por si só. No pior dia da covid, em apenas 4h, o número de brasileiros mortos foi igual ao de todos que tombaram nos campos de batalha da segunda guerra mundial”, comparou.
“O que teria acontecido se tivéssemos mandado um infectologista para comandar nossas tropas? Provavelmente um morticínio. Porque guerras se enfrentam com especialistas. Sejam guerras bélicas ou sanitárias. Militar nos quartéis e médicos na saúde. Quando se inverte, a morte é certa”, disse o senador.
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