
Foto: (Divulgação/ Abraciclo)
Brasília (DF) – Apesar do faturamento de 35,9 bilhões até fevereiro, segundo dados da Suframa, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a Produção Industrial do Amazonas caiu 2,9% durante o mesmo período.
Em janeiro, a produção no estado caiu 0,8%.
A economista Denise Kassama destacou ao Portal AM1 que o dado está dentro do esperado pelo mercado, visto que o início do ano não costuma ter uma economia plenamente aquecida.
“Um eventual recuo aí de na casa do 2,9, acho que até uns 4% está em uma margem para mais ou para menos, dado que até porque o início do ano não costuma ser um ano muito aquecido,” explicou a conselheira do CORE.
A pesquisa publicada pelo IBGE nesta terça-feira (8) destaca que, além do Amazonas, outros oito estados também apresentaram resultados negativos.
- Maranhão: – 4,0%
- Rio de Janeiro: – 3,3%
- Mato grosso: – 2,9%
- Bahia: – 1,5%
- Rio Grande do Sul: – 1,2%
- Minas Gerais: – 0,7%
- Ceará: – 0,2%
- Goiás: -0,1%
Juros altos contraem a demanda
Como uma forma de conter a inflação, os juros têm subido e impactam de forma direta as atividades industriais em todo o país. Mas, com a dificuldade logística que o estado enfrenta, como a falta de pavimentação da BR-319, o cenário para o amazonense fica mais difícil.
Neste caso, para adquirir produtos como motocicletas e geladeiras, que possuem um custo alto, os consumidores usam o parcelamento, aumentando assim o valor final do produto.
“Os produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus ficam mais caros quando produzidos e vendidos na modalidade parcelamento. Se tem um parcelamento, tem uns juros aí embutido e, pela taxa, se ela está alta, ele também na cadeia vai estar mais caro,” pontuou a especialista.
Segundo Kassama, como consequência da baixa produção, vem a redução do quadro de empregos, renda e consumo. E para reverter essa questão, a proposta seria mudar o cenário logístico do estado.
“Tem que se melhorar o cenário de infraestrutura para tentar reduzir esse custo logístico, seja para entrada de insumos, seja para venda de produtos finais,” completou a conselheira.
Mesmo com o dado apresentado pelo IBGE, existem muitas empresas, segundo a economista, interessadas nos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, preservados pela regulamentação da reforma tributária aprovada em dezembro de 2024.
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