Manaus, 19 de maio de 2024
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Cidades

Justiça julga casal que matou grávida e arrancou bebê da barriga da vítima no AM

Conforme denúncia do Ministério Público, os acusados confessaram os crimes ocorridos em 2017, em São Sebastião do Uatumã

Justiça julga casal que matou grávida e arrancou bebê da barriga da vítima no AM

Manaus, AM – O Tribunal do Júri da Vara Única da Comarca de São Sebastião do Uatumã realiza, nesta quarta-feira (10), a sessão de julgamento popular que tem como réus Alex da Silva Carvalho e Joelma Keila Santana da Silva. O casal é acusado do assassinato da jovem Karoline do Canto Silva, 20 anos, em 2017.

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Ela estava grávida de mais de sete meses e foi levada pelo casal ao campo de futebol Pelada Pimenta, no município, onde seu corpo foi encontrado posteriormente com a barriga cortada e já sem o bebê.

A sessão de julgamento será presidida pelo juiz Diego Martinez Fervenza Cantoario, titular da comarca, e realizado no Plenário da Câmara Municipal da cidade. O promotor de Justiça Iranilson de Araújo Ribeiro atuará representando o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM). Os réus terão em sua defesa advogados particulares.

Segundo a denúncia do Ministério Público, os réus confessaram os crimes, que tinham como objetivo obter uma criança para ser filho de Joelma: esta teria contratado o conhecido Alex para encontrar uma mulher que estivesse grávida.

O MP relata que o réu teria levado a vítima para a cidade, após tê-la convidado para um lanche, quando teria lhe oferecido bebida com o medicamento Dramin para dopá-la e depois levá-la ao matagal, por trás do campo, onde a vítima foi esganada, teve a barriga cortada para retirar o bebê, depois, foi abandonada no local, sendo encontrada por populares na manhã seguinte.

Ainda conforme a denúncia, “os assassinos fugiram desta cidade utilizando a voadeira de linha comum logo de manhã cedo e foram presos em flagrante na cidade de Itapiranga”.

A mãe da vítima teria informado à polícia que sua filha teria saído para passear de motocicleta com o réu, que foi então localizado após buscas pela Polícia de Itapiranga e indicou onde estava Joelma com a criança (a criança sobreviveu e foi levada ao hospital onde ficou internada por dias).

“O primeiro acusado cometeu o delito mediante promessa de que receberia R$ 4.000,00, revelando outra grave qualificadora. O homicídio foi praticado ainda mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima, uma vez que foi dopada com remédio e levada até o local, onde foi atacada mediante estrangulamento, estando desacordada quando golpeada de faca em sua barriga, sem nada poder fazer para defender-se. Também, a morte da vítima foi para tornar efetivo o sequestro da criança, restando caracterizada a qualificadora de assegurar a execução de outro crime”, afirmou a promotora Romina Carmen Brito Carvalho na denúncia.

Os indícios de autoria são constituídos pelas confissões e demais provas dos autos, como depoimento de testemunhas, e a materialidade, provada por fotos, certidão de óbito e nascimento, de acordo com a Promotoria.

Os réus estão presos em Manaus e foram enviados para o município a fim de participarem presencialmente do julgamento, conforme decisão da Justiça.

(*) Com informações da assessoria

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