#ForaAri
A frente da sede do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) foi palco, nesta terça-feira (10), de uma manifestação, por sinal, muito bem organizada, que pede o afastamento do conselheiro Ari Moutinho. Ele foi denunciado na última sexta-feira (6), à Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), pela conselheira Yara Lins, que alega ter sido chamada de “puta, vadia e safada” no dia da eleição para a nova presidência do órgão.
Ato patrocinado
O que chama atenção no ato é que ele foi muito bem organizado. Exemplo disso é que todas as mulheres presentes vestiam camisas feitas exclusivamente para a manifestação com os dizeres: “Mexeu com uma, mexeu com todas. #ForaAri”. Sem contar a grande quantidade de faixas e banners, em material de gráfica, com dizeres em apoio à mulher e à conselheira Yara Lins. Mas quem está por trás desse ato?
Dedo do Legislativo
Durante a manifestação, a psicóloga Crislane Mikaele, que andava de um lado para o outro com um microfone em mãos, chegou a conversar com a imprensa e demonstrou ser uma “espécie” de liderança no ato. Nas redes sociais dela, há fotos dela com deputados na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
Ausência
O que torna o ato ainda mais curioso é que nenhuma das cinco deputadas estaduais participou do ato. A ausência chama atenção, porque o quinteto já havia anunciado, na tarde da última sexta-feira (6), total apoio à Yara Lins, durante visita da conselheira à sede do Legislativo estadual para apresentar a denúncia contra Ari.
Quem pagou?
São até curiosos os gastos com a manifestação. Exemplo disso é que uma camisa do modelo usado pelas manifestantes custa em média R$ 40. Conforme esta coluna apurou, estavam presentes no ato aproximadamente 150 mulheres, mas apenas cerca de 50 usam camisas padronizadas – o que totalizaria um gasto, em média, de R$ 2 mil apenas com camisas; sem contar as faixas e banners impressos, que poderiam elevar o valor total para mais de R$ 6 mil. E se levarmos em conta o valor gasto com o transporte do público até o órgão, o valor sobe ainda mais. A pergunta que não quer calar: dinheiro público está sendo empenhado nesse ato?
Um ato politiqueiro?
Diante desse cenário montado na manifestação de hoje, em frente ao TCE-AM, há evidências de que um ato politiqueiro busca ganhar força com a agressão a uma mulher. Mulher essa que, por sua história e seu trabalho, até aqui, merece respeito. Solidarizamo-nos com o episódio enfrentado por Yara Lins, mas não podemos fechar os olhos para o movimento político partidário que usa a dor de uma mulher agredida para mostrar hegemonia.
Esperando a poeira baixar
Após ter seu nome e imagem associados à violência à colega e conselheira Yara Lins, o conselheiro Ari Moutinho decidiu não comparecer à sessão desta terça no TCE-AM. A ausência foi confirmada pelo presidente Érico Desterro, o qual informou motivo de licença médica. Yara Lins também esteve ausente e aproveitou para ir até Brasília.
Câmara dos Deputados
Na capital federal, Yara Lins participou de uma sessão solene sobre o Dia Nacional de Luta Contra Violência à Mulher. A conselheira falou aos deputados sobre a violência sofrida e diz que precisou ser medicada. O caso ganhou repercussão na Câmara com direito ao deputado Marangoni (UB-SP) chamando Ari de “canalha” e “covarde”.
A verdadeira Manaus
Em seu artigo publicado pelo Portal AM1, nesta terça, o advogado Carlos Santiago faz uma reflexão de que “Manaus não é só para ‘gringo’ ver”. Segundo ele, “no mês de agosto de 2023, na Times Square, em New York City, uma peça publicitária [da gestão de David Almeida] mostrava uma Manaus bem diferente do cotidiano de um município que, embora exista no meio da Amazônia, não consegue sequer resolver o problema da destinação do lixo, da poluição dos igarapés e dos rios, do transporte coletivo, da falta de arborização e do crescimento de favelas e de mendigos nas ruas. Essa Manaus não está na publicidade para o ‘gringo’ ver. Os seus problemas, no entanto, são desafios para todos que moram aqui e que amam Manaus”.
Isso não é novidade
Minha gente, não querendo criticar, mas já criticando… o vereador Capitão Carpê (Republicanos) descobriu aquilo que só ele não sabia: uma tubulação na praia da Ponta Negra. Esgoto? Provavelmente sim. Vão retirar o cano? Duvido muito. Isso tá lá há anos, e o vereador não é o primeiro a fazer esse enxame. A questão é: tá chegando o ano político, e o que os vereadores puderem fazer para atrair a opinião pública e fisgar o eleitor na web, eles vão fazer. O mais vergonhoso disso tudo são os comentários dos próprios seguidores do vereador alegando que todos já nadaram em meio a fezes no local, e só agora ele deu importância para isso. Mas a gente espera que toda essa movimentação dele não seja em vão e daremos destaque aos resultados. Vá em frente, Carpê!
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