Manaus, 19 de maio de 2024
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Cenário

Menezes defende que decretos do IPI de Bolsonaro não prejudicam ZFM: ‘discurso de comunistas’

Pré-candidato afirma que as empresas não foram embora, mas não cita que os decretos estão suspensos

Menezes defende que decretos do IPI de Bolsonaro não prejudicam ZFM: ‘discurso de comunistas’

Fot: Divulgalçao/Redes Sociais

MANAUS – Fechado com Bolsonaro, o pré-candidato ao Senado, Coronel Menezes (PL), voltou a defender, nesta sexta-feira (1º/07), os decretos do presidente da República – os quais reduziram a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em todo o Brasil. Tais decretos, inclusive, atingiram principalmente o Polo Industrial de Manaus (PIM). A defesa ocorreu durante entrevista a um portal local, um dia após o vice-presidente Hamilton Mourão dizer, no Amazonas, que os decretos foram um erro.

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Segundo Menezes, a Zona Franca de Manaus (ZFM) segue com seus 105 mil empregos garantidos e ainda há indicações de novos empresários interessados em somar no Polo Industrial de Manaus.

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“Ainda lembro aquele dia 28 de fevereiro, quando houve todo aquele discurso por parte de algumas pessoas comunistas, que diziam que as fábricas iriam sair de Manaus e deixar uma porção de gente desempregada e isso não aconteceu. Pelo contrário, estão aí os 105 mil empregos preservados e novas empresas com interesse em se instalarem no Estado e investir no Amazonas”, destacou o amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro.

Vale lembrar que os decretos, na verdade, estão suspensos, assim como todos os seus efeitos práticos na ZFM. A decisão é da Procuradoria-Geral da República.

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Menezes disse, também, não ser um “homem de emoções e sim um homem de estratégias”, comentando suas possibilidades no cenário eleitoral. “Eu sou engenheiro de formação, conheço de racionalidade. E no Amazonas, não há nenhum senador que converse olhando nos olhos do presidente, e eu serei esse senador, caso seja da vontade de Deus. Eu sou um homem temente a Deus e vivo por propósito e tudo o quer vier junto é porque faz parte do propósito de Deus, que capacita o seus escolhidos”, disse, alinhando seu discurso ao do presidente.

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Menezes disse também que o PL tem um tamanho que precisa ser respeitado e tem uma relevância na região, logo, com todo esse apoio, ele “um homem jovem, com novas ideias, vetores diferente”, tem tudo para contribuir para o crescimento do Amazonas. No Amazonas, o PL é comandado pelo ex-ministro de Dilma Roussef, Alfredo Nascimento.

(Foto: Divulgação)

“Precisamos de alguém jovem, que possa subir em um avião anfíbio, por exemplo, porque tem cidades aí, como Maraã, que para chegar lá, só em um avião anfíbio, e precisa ter vitalidade para isso, com todo respeito aos meus adversários, que acho que já deram sua contribuição e eu preciso reconhecer isso; mas já está na hora de se aposentarem”, pontuou o coronel, que informou que viaja neste fim de semana para visitar os municípios de Barreirinha, Boa Vista do Ramos e Maués (situados no entorno de Parintins).

Vice-presidente Mourão discorda

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Ontem (30), o vice-presidente Hamilton Mourão, que esteve presente durante a abertura de um dos maiores eventos de bioeconomia e tecnologia da informação e comunicação da Região Norte – a ExpoAmazônia BIO&TIC 2022 – discordou dos decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que reduziram a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e atingiram a Zona Franca de Manaus (ZFM).

Para Mourão, “a Zona Franca que está aí, com seus 55 anos, que vem se reinventando ao longo do tempo. E o retorno é positivo. Eu acho que essa redução do IPI aqui não foi a melhor decisão que a gente poderia ter tomado e é um assunto que ainda pode ser retomado”.

“Eu julgo que o retorno que é dado aqui pela Zona Franca de Manaus é um retorno positivo, porque gera cem mil empregos diretos aqui na região, então, eu acho que essa redução do IPI, aqui, não foi a melhor decisão que a gente poderia ter tomado. É óbvio que, com o passar do tempo, algumas dessas atividades deixarão de ter a isenção, mas não no presente momento que nós estamos vivendo”, destacou ao AM1.