Manaus (AM) – “Não se contrapõe uma arma, se não tiver uma arma”. Essa é avaliação do doutor em segurança e professor de Gestão de Segurança Privada, Oswaldo Ribeiro. A presença de vigilantes armados em escolas foi defendida por ele durante audiência pública na sede da Ordem dos Advogados (OAB-AM), nesta sexta-feira (14).
A ideia foi reprovada, recentemente, pelo secretário municipal de Segurança Pública, Sérgio Fontes, que alegou risco de as escolas se tornarem alvo de criminosos em busca das armas, uma vez que vigilante não podem sair do local com os objetos.
Na OAB, contudo, Oswaldo Ribeiro afirmou que a medida precisa ser antecedida de uma análise de risco, que envolve o estudo do local onde vai ser implantado determinado protocolo.
Ao defender a presença dos vigilantes armados em escolas, Ribeiro ainda afirmou que “não existe medida total de segurança”, mas que há protocolos que garantem melhores resultados. Além disso, garantiu que o uso das armas deve seguir o rigor da lei.
“A arma é o último recurso. A legítima defesa só se caracteriza quando a vida está em risco. Policiais, vigilantes armados estão treinados para isso”, disse.
Ele ainda relembrou que a presença de arma nas escolas já foi uma realidade no passado, mas a medida acabou sendo substituida, em grande parte, pela implantação de câmeras, o que, segundo ele, não é 100% eficiente.
O especialista ainda apoiou outras medidas preventivas e de defesa que podem ser tomadas, além de ações para promover saúde mental entre os estudantes.
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