Manaus, 10 de maio de 2024
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Política

Subprocurador do TCU rebate Moro: ‘ninguém pode ficar acima da lei’

Moro tem feito diversos comentários após o Ministério Público pedir ao TCU a indisponibilidade dos seus bens por suspeita de sonegação de imposto

Subprocurador do TCU rebate Moro: ‘ninguém pode ficar acima da lei’

Foto: Reprodução

Brasília, DF – Depois das críticas feitas pelo ex-ministro Sergio Moro (Podemos), o subprocurador-geral Lucas Furtado, do Tribunal de Contas da União, rebateu as declarações nesta segunda-feira (7) e afirmou que “ninguém pode ficar acima da lei”. Moro tem feito diversos comentários após o Ministério Público pedir ao TCU a indisponibilidade dos seus bens por suspeita de sonegação de imposto quando foi contratado pela consultoria Alvarez & Marsal.

“Se fazem tanto barulho é porque têm medo de que esteja no caminho certo. Ninguém pode ficar acima da lei”, disse. A fala do procurador faz referência às recentes declarações de Moro, em que afirmou que Furtado está abusando da autoridade.

Leia mais: Ministério Público pede que TCU declare indisponibilidade de bens de Sergio Moro

O subprocurador ainda relembrou que enquanto esteve no exterior, integrantes da Lava Jato foram criticados por prender “indefinidamente” os investigados. Na época, Sergio Moro era juiz e comandava a operação.

“Sou doutor pela Universidade de Salamanca e pós-doutor pela Universidade de Coimbra. Todos os professores da banca criticaram os da Lava Jato porque prendiam indefinidamente para obter confissões ou novas delações. Até pouco tempo, torturava-se para obter exatamente o mesmo. Isso vale?”, acrescentou o subprocurador-geral.

Na última sexta-feira (4), Furtado pediu ao TCU a indisponibilidade dos bens de Sergio Moro, e foi atacado pelo próprio ex-ministro, que prometeu processá-lo por abuso de autoridade e danos morais. “O cargo de procurador do TCU não pode ser utilizado para perseguições pessoais contra qualquer indivíduo”, declarou Moro.

A consultora Alvarez & Marsal contratou Moro por um ano entre 2020 e 2021. Durante esse período, o ex-ministro afirmou ter recebido R$ 3,5 milhões da empresa. Além disso, a consultoria recebeu 78% dos honorários de empresas que foram alvos da Lava Jato.

(*) Com informações do Metrópoles