Manaus, 19 de abril de 2024
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Manaus, 19 de abril de 2024

Política

Omar entrega relatório final da CPI à PGR: ‘justiça aos mais de 600 mil óbitos’

Relatório de 1.288 páginas foi entregue, em mãos, ao procurador-geral da República; presidente da CPI disse que espera que a justiça seja feita

Omar entrega relatório final da CPI à PGR: ‘justiça aos mais de 600 mil óbitos’

Foto: Antônio Augusto/MPF

BRASÍLIA, DF – Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia entregaram, na manhã desta quarta-feira (27), o relatório final da CPI ao procurador-geral da República, Augusto Aras. No grupo, estava o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que entregou o relatório ao chefe do Ministério Público Federal (MPF).

Produzido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, o relatório tem 1.288 páginas, e pede o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. Entre os pedidos de indiciamento, está o do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) por 10 crimes diferentes, incluindo crimes contra a humanidade.

De acordo com Aziz, Aras recebeu o relatório com postura “republicana e democrática”. “Continuaremos a acompanhar o andamento dos trabalhos que, com certeza, trarão justiça aos mais de 600 mil óbitos no país e a outros milhares de brasileiros que carregarão sequelas pelo resto da vida”, salientou o amazonense.

O presidente da CPI estava acompanhado de outros sete senadores: Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE), Fabiano Contarato (Rede-ES), entre outros participantes.

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Segundo Aras, a CPI já produziu resultados, com denúncias, ações penais e civis em curso, além de autoridades afastadas. “A chegada desse material que envolve pessoas com prerrogativa de foro de função vai contribuir para que possamos dar a agilidade necessária à apreciação dos fatos que possam ser puníveis de forma civil, penal ou administrativa”, salientou o procurador-geral.

Além do presidente Jair Bolsonaro, o relatório pede o indiciamento de ministros e ex-ministros, secretários do governo federal, deputados, médicos, cientistas, jornalistas e influenciadores políticos. Entre os pedidos, também está o pedido de indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário estadual de Saúde, Marcellus Campelo. No relatório, Renan Calheiros também pediu o indiciamento da Precisa Medicamentos e seus diretores, e da empresa VTCLog, que presta serviços ao governo federal.

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