Manaus, 4 de maio de 2024
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Cenário

Onde foi parar o pedido de cassação de Joana Darc na Aleam?

No pedido protocolado na Aleam, em julho do ano passado, a autora alegou que Joana Darc trazia "vergonha, vexame e humilhação para a Casa que representa o povo amazonense”.

Onde foi parar o pedido de cassação de Joana Darc na Aleam?

Joana Darc (Foto: Divulgação / Assessoria / AM1 Reprodução Redes Sociais / Montagem AM1)

Manaus (AM) – Após sete meses, a diretoria de comunicação da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) não soube informar ao Portal AM1 o paradeiro do pedido de cassação contra a deputada Joana Darc (UB), que foi protocolado na Casa, em julho de 2023, por uma moradora da capital amazonense.

No pedido de cassação, a autora alegou que a parlamentar “traz vergonha, vexame e humilhação para a Casa que representa o povo amazonense”. Além do pedido de cassação, um abaixo-assinado com mais de 26 mil assinaturas foi encaminhado à Aleam para que Joana fosse investigada pela Comissão de Ética Parlamentar.

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Resposta da Diretoria de Comunicação da Aleam (Foto: Portal AM1)

Procurado pelo Portal AM1, o deputado estadual Sinésio Campos (PT), presidente Comissão de Ética Parlamentar da Aleam, não respondeu aos questionamentos referentes ao pedido de cassação. A deputada Joana Darc (UB) também foi procurada, mas não se manifestou sobre o assunto.

Na representação formal protocolada na Aleam, a autora do pedido de cassação, Dayane Ingrid Cotrim Borges, diz que a principal razão para o pedido da cassação do mandato foi a postura da parlamentar ao faltar três sessões da Aleam com votações importantes a fim de curtir o show do cantor Wesley Safadão em um cruzeiro nas Bahamas em julho de 2023.

Polêmicas

A postura da deputada estadual repercutiu de maneira negativa nas redes sociais.  Joana, inclusive, coleciona momentos de polêmicas e contradições.

Um dos recentes episódios polêmicos envolvendo a parlamentar ocorreu em dezembro de 2023, quando Joana ‘censurou’ uma jornalista  dentro da Assembleia Legislativa. O ato foi presenciado pela equipe do Portal AM1.

Veja o que disse a jornalista Rhyvia Araújo, do Diário da Capital, que foi alvo da censura e intimidação por parte da deputada na Aleam:

https://www.tiktok.com/@diariodacapital/video/7312228493008309509

Na ocasião, Darc foi questionada sobre ausência de manifestação diante da presença de animais em rodeio e vaquejada na Expoagro e, não gostando do questionamento feito pela jornalista, a deputada se apossou do equipamento da profissional e só devolveu depois de exigir que a gravação fosse excluída.

Dois meses antes, em outubro de 2023, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) notificou a deputada a prestar esclarecimentos sobre emenda parlamentar de R$ 3,5 milhões destinada ao Amazonas FC, time de futebol que o esposo de Joana, o empresário Aldenor Lima, é um dos patrocinadores.

Em abril de 2023, a deputada invadiu a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), em Manaus, no episódio que envolveu o universitário Agenor Tupinambá e sua capivara “Filó”. O episódio foi repudiado pelo Ibama e até um abaixo-assinado, com mais de 26 mil assinaturas, foi enviado à Aleam em setembro do ano passado.

O documento pedia que a Comissão de Ética Parlamentar analisasse a conduta da deputada sobre possíveis descumprimentos dos deveres de decoro parlamentar. Mas, procurado pela reportagem, Sinésio Campos, que preside a comissão, não se manifestou.

Na legislatura passada, Joana respondeu a um processo na Comissão de Ética Parlamentar por quebra de decoro parlamentar por ter acusado o deputado estadual Roberto Cidade (UB) de ter comprado votos por R$ 200 mil, de 16 deputados que votaram a favor da sua candidatura à cadeira de presidente. Tal processo, inclusive, não resultou em nada e caiu no esquecimento de seus pares.

Acesse o link abaixo para ver o pedido de cassação na íntegra:

DENUNCIA-FORMAL-DEP-JOANA-DARC-

Questionamentos

A deputada Joana Darc (UB) foi procurada, por meio das redes sociais, e-mail da assessoria de comunicação e até mesmo pelo contato pessoal via aplicativo de mensagem. Ela foi questionada novamente sobre o pedido de cassação e quais as expectativas da parlamentar se caso o pedido chegue ao plenário, mas até a publicação desta matéria, não houve respostas.

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