Manaus, 30 de abril de 2024
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Cenário

Para o Sindicato dos Professores de Manaus, vereador Sassá é persona non grata

O Sindicato afirmou que Sassá ofendeu de forma "irreparável" a categoria dos professores da Semed/Manaus na tentativa de justificar o motivo de não assinar o requerimento da CPI do Fundeb.

Para o Sindicato dos Professores de Manaus, vereador Sassá é persona non grata

(Foto: Youtube/CMM/Reprodução)

Manaus (AM) – O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/Sindical) divulgou nota, nesta quarta-feira (27), declarando o vereador Sassá da Construção Civil (PT) como “persona non grata” um dia após fala do petista sobre a não abertura da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Durante sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador afirmou que nunca se recusou a assinar pedido para abertura de CPI, mas que não iria assinar a CPI para investigar o suposto pagamento de propina dentro da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), mas acabou se exaltando.

“Eu não vou assinar a CPI, agora, para não ser igual ao Fundeb, porque teve dois parlamentares que colocaram o meu nome no fogo dizendo que eu me neguei a assinar a CPI do Fundeb. Eu fui bem claro no dia: só vou assinar o Fundeb quando tivermos o relatório que o Fundeb é o dinheiro para os professores, é o dinheiro para o município e Estado. Eu não estou dizendo que não vou assinar”, afirmou.

“Eu vou esperar e, no momento certo, eu posso assinar. Agora, não vou fazer igual ao Fundeb. Fizeram o maior protesto lá fora, jogaram muitos colegas na água, mentindo para o povo, e agora, cadê?! Eu quero assinar a CPI do Fundeb, cadê?!”, questionou o vereador, que chegou a levantar do assento.

Gritando, o vereador justificou o não pagamento do Fundeb pela Prefeitura de Manaus embasado na decisão da Justiça, segundo a Lei 14.276/21, a qual diz que pagamento é feito se sobrar dos recursos destinados à manutenção de todas as etapas da educação básica, desde creches, pré-escolas, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O sindicato repudiou a fala “inescrupulosa” do vereador Sassá, que ofendeu, de forma “irreparável”, a categoria dos professores da Semed/Manaus na tentativa de justificar o motivo de não assinar o requerimento da CPI do Fundeb.

“A Asprom/Sindical lamenta profundamente que o Partido dos Trabalhadores tenha esse tipo de gente como seu representante. Este senhor envergonha este partido que tem uma história em defesa dos trabalhadores. Declaramos que este senhor se torna uma persona non grata à categoria, que daqui para frente, nunca receberá um voto para nada.”, disse a nota.

O sindicato reiterou o pedido para a abertura da CPI para averiguar o suposto mal uso do dinheiro dos professores e avisou que o mandato do vereador está no fim. “Se depender dos professores de Manaus, será o único. Pessoas como você não merecem estar no parlamento da nossa cidade. Diremos isso a todos a quem pudermos dizer” afirmou o Sindicato.

O Portal AM1 questionou o vereador sobre tal declaração do sindicato, no entanto, o vereador Sassá não respondeu até a publicação da matéria.

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