BRASÍLIA, DF – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai ter 30 dias para ser ouvido pela Polícia Federal (PF), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A acusação é que o presidente teria tentado interferir na PF.
Moraes decidiu pelo depoimento presencial ainda nesta quinta-feira (7), um dia após o presidente dizer que aceitava depor presencialmente à Polícia Federal. O STF se reuniu para julgar se o presidente deveria dar o depoimento por escrito ou presencialmente, mas com a manifestação de Bolsonaro, o julgamento foi retirado da pauta.
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O presidente é investigado desde maio de 2020, depois da acusação do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, de que ele – Bolsonaro – teria agido para interferir na PF. Segundo o ex-ministro, o presidente teria pressionado para haver troca de nomes de chefia na corporação.
Na ocasião, de acordo com Moro, Bolsonaro teria pedido para que o então ministro exonerasse o delegado Maurício Valeixo da função de diretor geral da PF, e o trocasse por Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e nome próximo da família presidencial. Moro teria se negado, e pediu a exoneração.
Depoimento
O julgamento do depoimento presidencial começou ainda em maio, sob a relatoria de Celso de Mello. No entanto, com a aposentadoria do então decano, Alexandre de Moraes assumiu a relatoria do processo.
No pedido pelo depoimento presencial, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que o depoimento à PF fosse marcado conforme a agenda do presidente. Segundo o documento, a prerrogativa “compatibilizará com o pleno exercício das funções de Chefe de Estado e do seu direito de defesa na ocasião da prestação de depoimento em modo presencial”.
(*) Com informações da CNN Brasil.
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