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Política

PL das Fake News: notícias falsas são compartilhadas pela esquerda e direita

Notícias falsas, conhecidas como 'Fake News', foram propagadas nas últimas semanas pela esquerda de Lula e pela direita de Jair Bolsonaro

PL das Fake News: notícias falsas são compartilhadas pela esquerda e direita

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

Brasília (DF) – O plenário da Câmara dos Deputados irá votar, nesta terça-feira (2), o projeto de Lei n° 2630, o PL das Fake News, matéria que tem gerado grande repercussão no parlamento federal entre a base governista e a oposição.

Enquanto apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que a proposta tem o objetivo de combater crimes cibernéticos, a oposição chegou a batizar o projeto de PL da Censura, afirmando que a real intenção da matéria é promover uma ditadura por meio de um “Ministério da Verdade”.

Na última quinta-feira (27), o relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), apresentou o parecer preliminar que será analisado nesta terça-feira (2).

Agora, a proposta conta com a exclusão do item que tinha a intenção de criar uma autarquia especial destinada à fiscalização do cumprimento da lei. A implementação da autoridade autônoma era um dos entraves nas discussões do projeto.

Em decorrência dessa divisão de opiniões, o Portal AM1 fez um levantamento e encontrou uma lista de notícias falsas que foram propagadas, nas últimas semanas, pela esquerda de Lula e pela direita de Jair Bolsonaro.

Na última quarta-feira (26), por exemplo,o presidente Lula chegou a ser desmentido pelo Instituto Brasil-Israel, por desconhecer as circunstâncias históricas do país de Israel, após afirmar em críticas à ONU (Organização das Nações Unidas), durante sua passagem pela Espanha, que a entidade internacional “era tão forte que, em 1948, conseguiu criar o Estado de Israel” e, neste ano, sequer“ consegue criar o Estado palestino”.

Entidades de defesa de Israel chegaram a refutar a fala do presidente, afirmando que se trata de uma informação historicamente falsa. A ONG Stand With Us também publicou em sua página no Twitter.

“Ao contrário do que disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Israel não foi criado pela Organização das Nações Unidas. Em 1947, o que a Partilha da ONU preconizou foi a criação de dois países, um para judeus e outro para árabes. Os judeus aceitaram, os árabes, não. O Estado de Israel foi fundado depois de uma guerra empreendida pelos exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque contra os judeus”.

Por coincidência ou não, no mesmo dia, o ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal (PF), após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), nas investigações dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Na ocasião, o político teve que se explicar sobre uma postagem falsa, feita no dia 11 de janeiro, onde ele questionava o resultado da eleição presidencial, em 2022.

Segundo a defesa de Bolsonaro, a postagem feita por ele com mentiras sobre o sistema eleitoral foi “acidental”. Eles informaram que, na verdade, a intenção do político era de tentar salvar o vídeo que questionava sobre o resultado das eleições.

Em outubro do ano passado, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), foi envolvido em uma Fake News no Twitter, em que, por meio da divulgação de um vídeo íntimo entre dois homens, o mesmo era acusado de ser homossexual .

Na ocasião, foi feito print das imagens por um ângulo onde o ator pornô norte-americano, Joey Mills, se assemelha ao deputado federal, ganhando uma grande repercussão.

Ataque a creches e Fake News

Os ataques às escolas, promovidos no último mês, também foram motivo de fake news promovidas contra o Partido dos Trabalhadores (PT), que teve que entrar com ação na Justiça após divulgações nas redes sociais espalharem uma montagem com o rosto do criminoso que atacou e matou quatro crianças na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), no meio de apoiadores petistas durante a campanha eleitoral do presidente Lula.

Na ocasião, o PT solicitou a condenação dos autores dos posts ao pagamento de uma multa equivalente a R$ 50 mil, além da identificação dos responsáveis e a remoção das publicações.

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