Manaus, 19 de maio de 2024
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Manaus, 19 de maio de 2024

Política

PT pede prisão de Moro por ter telefonado para autoridades hackeadas

Partido dos Trabalhadores afirma que Moro ultrapassou os limites como ministro e invadido as competências da Polícia Federal

PT pede prisão de Moro por ter telefonado para autoridades hackeadas

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleise Hoffmann, publicou na sua conta, no Twitter, na manhã desta sexta-feira, 26, que protocolou uma notícia-crime contra o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e por conta disso, pede a prisão do ex-juiz da Lava Jato.

Para o partido, Moro abusou da autoridade nos termos da Lei 4.898/65 ao telefonar pessoalmente para autoridades para informar da invasão de hackers e dizer que as provas seriam destruídas. O documento foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a perda de cargo e afastamento de suas funções.

“Inicialmente, cumpre destacar o espantoso fato de o Ministro da Justiça ter acesso a dados de uma investigação sigilosa recém-instaurada pela Polícia Federal”, destaca um trecho do documento, que foi assinado, além de Gleisi Hoffmann, pelos deputados Paulo Pimenta (RS) e Humberto (PE).

Operação Sproofing

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, avisou a autoridades que tiveram celulares hackeados que o material obtido de maneira ilegal será destruído. Moro entende que as mensagens não devem sequer ser examinadas. Apesar da posição externada pelo ministro, o descarte de materiais só pode ser feito por decisão judicial.

Em depoimento ao Senado no dia 19 de junho, Moro defendeu que o site Intercept Brasil, que divulgou as mensagens, entregasse o material para ser periciado.

O artigo 254 do Código de Processo Penal afirma que “o juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes” se “tiver aconselhado qualquer das partes”. Já o artigo 564 afirma que sentenças proferidas por juízes suspeitos podem ser anuladas.