Manaus, 15 de maio de 2024
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Manaus, 15 de maio de 2024

Cenário

Políticos cobram iniciativas do governo federal para enfrentamento da fumaça em Manaus

Nesta quinta-feira, Manaus amanheceu, pelo segundo dia, encoberta por fumaça e ficou em 2º lugar entre as capitais com o pior ar do mundo.

Políticos cobram iniciativas do governo federal para enfrentamento da fumaça em Manaus

Políticos do AM (Foto: Foto: redes sociais)

Manaus (AM) – O Amazonas tem enfrentado desafios significativos nas últimas semanas com as constantes queimadas que geram nuvens de fumaça, que obscurecem a visibilidade e geram preocupações ambientais e de saúde pública. Diante desse cenário, políticos amazonenses têm cobrado iniciativas concretas do governo federal no enfrentamento do problema.

A deputada estadual Débora Menezes (PL), crítica do governo Lula, cobrou ações concretas por parte do governo federal e afirmou que o governo “virou  as costas” para o Amazonas, que sofre com as queimadas e registra dados alarmantes, como por exemplo, o de capital com um dos piores ares para se respira no mundo, nessa quarta-feira (11).

Queimadas em Iranduba (Foto: Divulgação/PF)

“Cadê a grande mídia? Porque não estão falando da Amazônia? Onde estão os ativistas ambientais que se diziam tão preocupados com a Amazônia? Onde está a ministra do meio ambiente [Marina Silva]? Cadê o presidente Lula, o tão preocupado com o Amazônia?”, indagou a parlamentar.

Assim como a colega de partido, o deputado federal Capitão Alberto Neto, disse que o estado está clamando por uma “ação do governo federal”, já que Manaus, assim como todo o estado, vive o que ele classificou como “crise de fumaça”.

“Vamos seguir as recomendações e continuar pressionando que esse DesGoverno [sic] comece a agir”, escreveu o deputado que também faz oposição ao governo atual.

Os parlamentares ressaltam a urgência de medidas imediatas para mitigar os impactos das fumaças na saúde da população e na qualidade do ar. Em suas declarações destacam a importância de uma abordagem colaborativa entre as esferas estadual e federal.

Ramal do Purupuru – Autazes (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

‘Ninguém aguenta mais’

Há uma semana, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) já havia se manifestado em suas redes sociais e cobrado do Ministério do Meio Ambiente, uma iniciativa, afirmando que o governo local não poderia enfrentar o problema sozinho.

“Já ficou claro para todo mundo que nenhuma das nossas autoridades locais tem a capacidade de, sozinhas, resolver todos os nossos problemas ambientais. O governo do Amazonas não é diferente. Por isso, sigo cobrando apoio federal para resolver esse problema de uma vez por todas”, frisou.

Amom, inclusive, já se reuniu algumas vezes com alguns ministérios para pedir ajuda, junto ao governo, para o estado, tanto para o enfrentamento da queimadas quanto da seca que também prejudica todo a região.

 Telefones que funcionem

Mayra Dias (UB) por sua vez, além de cobrar ações, ressaltou que é preciso números de telefones que de fato funcionem para atender denúncias sobre queimadas.

“Diante dessa situação precisamos de ações efetivas, fiscalização e telefone que funcionem para atender as denúncias e – punição para quem comete crimes ambientais”, disse a deputada.

A colocação gerou também críticas de internautas que afirmaram que não adianta ter números se não tem um efetivo de bombeiros suficientes para atender os casos.

“Mas de que adianta ligar se não tem bombeiros para todas as ocorrências ? A culpa parcial é do aquecimento global e do El nino sim, mas 90% das queimadas do estado são causadas por ações humanas”, escreveu um internauta.

Outros criticaram a deputada por ter se manifestado somente agora. “Finalmente a senhora se manifestou né? Atrasada. “Finalmente ouvi um grito no deserto, antes tarde do que nunca”, foram alguns comentários.

O governo estadual informou na quarta-feira (11) que foram enviados a Autazes, principal município com registros de queimadas, aproximadamente 64 homens da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) foram enviados a Autazes para combater crimes ambientais.

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