Fotos: Divulgação/Montagem
O senador Omar Aziz (PSD/AM), o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), deputado federal Zé Ricardo (PT/AM) e o deputado estadual Sinésio Campos (PT/AM), que são pré-candidatos no pleito 2022, criticaram a atitude do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), nessa segunda-feira (18), que convidou diplomatas para um evento e, na ocasião, questionou – sem provas -, a segurança das urnas eletrônicas.
Nas redes sociais, Omar Aziz escreveu: “ele (Bolsonaro) não apresentou nada de novo sobre o sistema eleitoral. As alegações sem substância que ele faz já foram contestadas. Não merecem comentário, a não ser pelo fato de que a repetição desse ‘lenga-lenga’ evidencia cada vez mais as intenções golpistas que ele alimenta”.
Leia mais: ‘Parece que não tem mais com o que se ocupar’, diz Omar Aziz sobre Bolsonaro; entenda
O senador mencionou, ainda, que a fala de Bolsonaro aos embaixadores na qual afirma que “O Brasil está voando” e “nós nos comportamos muito bem na pandemia”, são frases que refletem o grau de delírio do presidente.” Para Omar, “é uma agressão aos parentes dos mais de 670 mil mortos na pandemia e aos milhões que passam fome”.
Marcelo Ramos chamou a atenção para o fato de que, após as declarações contra o sistema eletrônico de votação em reunião com embaixadores, a equipe de Bolsonaro ainda mostrou o presidente participando de motociatas, as cenas deixaram os presentes bastante embaraçados. O constrangimento dos embaixadores impossibilitou de aplaudir o presidente, que concluiu o discurso e saiu de cena.
Leia mais: Bolsonaro é comparado a Trump após críticas às urnas eletrônicas
O deputado amazonense caracterizou a cena como patética e ainda criticou o presidente da Câmara, Arthur Lira, que acata tudo o que Bolsonaro determina e não reage aos ataques do atual presidente da República.
“Mais ensurdecedor que o dos embaixadores após a patética apresentação de Bolsonaro, só o do Presidente da Câmara, Arthur Lira, diante dos ataques ao sistema eleitoral e a Democracia. Ao posto de Presidente da Câmara não é dado o direito de escolher o silêncio cúmplice”.
O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB/AM) considerou “inacreditável e absurda” a posição do presidente Jair Bolsonaro (PL) diante de embaixadores de vários países.
“Inacreditável e absurdo que o presidente do Brasil chame os embaixadores para falar mal das instituições brasileiras como TSE e STF, além de repetir a cantilena contra as urnas eletrônicas, que desde o século passado (1996) são exemplos para o mundo”.
Quem também disse ser um absurdo foi o deputado federal Zé Ricardo (PT/AM).
“Eu acho um absurdo que mais uma vez o Bolsonaro questione o processo eleitoral e, principalmente, as urnas. Ele deve estar preocupado porque vai perder as eleições e quer justificar a derrota. Mais uma vez é um discurso golpista, um discurso que não cabe, onde as instituições eleitorais estão consolidadas. Nós estamos falando de quase 30 anos de eleições sem nenhum problema em relação às urnas. Um sistema que é conferido. É mais uma desculpa já antevendo a derrota que vai ter no dia 2 de outubro”, frisou Zé Ricardo.
O deputado estadual Sinésio Campos (PT/AM) qualificou a atitude do presidente como “mais um absurdo de um presidente inconsequente.” Para Sinésio, “a segurança das urnas são inquestionáveis.
As urnas têm credibilidade no seio da sociedade e segurança tecnológica!”, atestou.
Leia mais: Fachin rebate críticas de Bolsonaro a urnas eletrônicas: ‘hora de dizer basta’
O episódio foi criticado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), STF (Supremo Tribunal Federal), por políticos, e várias entidades, que adiantaram que terão encontro com parlamentares dos Estados Unidos para tratar “o risco real de golpe no Brasil”.
Presidente do TSE disse que envolver a política internacional e as Forças Armadas é um fato “ainda mais grave. São forças de Estado e não de um governo”, ressaltou.
O AM1 perguntou se o fiel escudeiro, amigo do presidente Bolsonaro e pré-candidato ao Senado, coronel Alfredo Menezes (PL/AM), concordava com a postura do presidente e seu discurso em que coloca o sistema eleitoral brasileiro em xeque, ele respondeu:
“A palavra do meu presidente não se questiona, se concorda e seguimos em frente”, pontuou o bolsonarista.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
