Foto: Reprodução
MNAUS, AM – Enquanto firma contratos milionários, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) ignora problemas das escolas de Manaus e, prestes a retornar para as aulas presenciais, os alunos e professores precisarão dividir espaço com o lixos e o mofo em um prédio deteriorado.
Essa é a realidade da Escola Municipal Edinir Telles Guimarães, no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus, que está completamente abandonada. O Portal Amazonas 1 recebeu a denúncia dos professores, alunos e moradores do bairro sobre a instituição.
É visível a situação de abandono da instituição logo na entrada do prédio. Com bastante mato e uma pintura precária, o nome da escola sequer aparece para que a população possa identificar o prédio. Além disso, o piso da escola está inadequado, com rachaduras e apresenta perigo de acidente no local.
Para piorar a situação da escola, as carteiras estão estragadas, o teto de uma das salas de aula desabou completamente, além da parte lateral do prédio estar tomada por lodo e raízes de árvores, que acabam entupindo a sistema de esgoto e causando alagação na escola.
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A escola foi inaugurada há 28 anos e precisou ficar em regime híbrido devido à pandemia da covid-19, desde 2020. Nesse período, até aqui, o prédio ficou abandonado pela Prefeitura de Manaus e tem se deteriorado cada vez mais.
“Ainda que o ensino remoto exista, é insuficiente num contexto onde o poder da tecnologia não abrange a grande massa. Queremos ser ouvidos, desejamos o respeito quanto à história da escola, que tanto já contribuiu para integração social, cumprindo sempre o dever educacional estabelecido”, escreveram os professores em um texto compartilhado nas redes sociais.
“Nosso trabalho foi bruscamente interrompido pela pandemia e, na mesma sequência, pela falta de infraestrutura. Mais de 24 meses no abandono é humilhante”, ressaltaram.
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Para o Portal Amazonas 1, o professor Luiz Cláudio Corrêa afirmou que os profissionais já acionaram as autoridades, tanto na antiga administração de Arthur Neto (PSDB) e agora, na gestão do prefeito David Almeida (Avante), mas até o momento, nada foi feito. O professor explicou que a Semed tem um projeto para a reforma do prédio, mas que está parado há mais de um ano.
“Foram prometidos reparos emergenciais enquanto não saía a reforma, como reparo na caixa d’água, que está prestes a desabar; mas, mesmo assim, o serviço não foi realizado”, disse. Com o retorno das aulas marcado para o dia 14 de fevereiro, o professor ressalta que não há condições para receber os alunos.
Ele afirmou que o refeitório está deteriorado, o bebedouro está sem condições de uso e a torneira está comprometida por conta do estado da caixa d’água. “O estado de limpeza é de calamidade. Um patrimônio público, pois o prédio é da prefeitura, está jogado às traças, infelizmente”, lamentou.
O professor ainda explicou que os professores e funcionários tentam minimizar a situação do ambiente, mas agora fugiu do controle. “Tem elementos naturais que exigem maior poder de ação, como temporais que levaram o telhado; rachaduras na estrutura do piso e parede; mato que toma conta da frente e do terreno da escola; caixa d’água que não recebe manutenção”, disse.
Com tantos problemas, os alunos e professores ainda sofrem riscos de saúde por conta do estado do prédio. “A água consumida está totalmente fora dos padrões de saúde, pois a caixa d’água não tem manutenção há anos. A direção da escola tem trabalhado pra [sic] evitar maiores acidentes e os professores são cuidadosos, mas a situação fugiu ao controle”, destacou.
O Portal Amazonas 1 entrou em contato com a Semed para questionar a situação atual da Escola Municipal Edinir Telles Guimarães e aguarda retorno das informações.
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