Manicoré (AM) – A Prefeitura de Manicoré (a 331 quilômetros de Manaus), em três contratos para eventual aquisição de materiais e insumos odontológicos, irá gerar aos cofres públicos um custo de R$ 6.723.708,29, que será destinado a três empresas da capital.
Os contratos assinados pelo prefeito Lúcio Flávio do Rosário foram publicados na edição de 8 de maio do Diário Oficial dos Municípios (DOM).
Uma das empresas listadas já causou estranheza ao Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), outra funciona há pouco mais de quatro anos e tem um capital de giro de R$ 500 mil foi investigada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM).
Estranheza ao MPF-AM
A JFB Comércio e Serviços de Produtos Médicos e Hospitalares (CNPJ: 26.434.440/0001-40) fica com a maior fatia do bolo: R$ 3.866.470,60. A empresa tem como atividade principal Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano, com capital social de R$ 800 mil.
Ela já foi citada em uma investigação do MPF-AM sobre a compra de material de informática para a Secretaria Municipal de Educação de Manicoré.
O inquérito civil afirma que “”causa estranheza a empresa vencedora (…), possuir como atividade principal comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano (…)” esse e outros detalhes geraram a recomendação do MPF-AM para que o pregão fosse suspenso.
Investigada pelo MP-AM
A Elvis Roberto Matos de Souza (CNPJ: 31.597.128/0001-08), que atende pelo nome fantasia de E.R.M Comercio e Serviços, levará do pregão odontológico o valor de R$ 666.739,90. A empresa foi investigada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) em 2022 por suspeitas de irregularidades em um pregão que compraria colchões hospitalares a prefeitura de Humaitá, cidade à 700 km de Manaus.
Mais velha do trio contemplado, a RR Comercio de Produtos Farmacêuticos e Hospitalares Ltda (Cirúrgica Manaus) funciona há 28 anos e possui um capital social de R$ 1.500.00. A Cirúrgica Manaus participa do pregão com o valor global de R$ 1.765.342,20. Nada foi encontrado de irregular nas transações da empresa.
O Portal AM1 solicitou esclarecimentos da Prefeitura, mas até o momento da publicação da matéria, não obteve resposta.
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