Manaus, 21 de maio de 2024
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Cenário

Presidente da Câmara de Parintins pede expulsão de Antônio Andrade

O vereador também exigiu um posicionamento dos Conselhos de Ética e Fiscal do Garantido contra os atos de Antônio Andrade.

Presidente da Câmara de Parintins pede expulsão de Antônio Andrade

(Foto: Divulgação)

Parintins (AM) – O presidente da Câmara Municipal de Parintins, vereador Alex Garcia (PSD), pediu a expulsão de Antônio Andrade do comando da diretoria do Garantido após as ameaças do boi vermelho e branco não participar do 56º Festival Folclórico de Parintins, devido a supostos problemas financeiros.

O vereador usou a tribuna, nessa terça-feira (20), para falar sobre o assunto e disse que Antônio Andrade tratou o governador Wilson Lima com afronta ao exigir mais dinheiro para o boi poder se apresentar na arena.

“Eu nunca vi isso, é algo surreal, ameaçar formalmente um governador do Estado, que, diga-se de passagem, tem contribuído muito com a nossa cidade, que pagou antecipado o valor de R$ 10 milhões para os bois de Parintins, R$ 5 milhões para cada um, ou seja, os bumbás estão com dinheiro, então faltou planejamento e organização”.

Alex Garcia salientou que Antônio Andrade já deveria ter deixado a presidência do Garantido há muito tempo e o que está acontecendo hoje é uma tragédia anunciada.

“Às vésperas do festival, o presidente Antônio Andrade faz uma palhaçada dessa com o povo de Parintins, com o governador, com os trabalhadores, com os patrocinadores da nossa festa. Não tem como ficar calado, de braços cruzados, vendo tudo isso acontecer. Falo isso com muita tristeza, pois sou sócio do boi Garantido, sou torcedor apaixonado, mas acima de tudo sou um representante do povo de Parintins e não posso me calar e me curvar diante de uma brincadeira e uma palhaçada de muito mau gosto dessa”, disse.

O vereador pediu providências dos Conselhos de Ética e Fiscal do Garantido contra os atos de Antônio Andrade.

“Quem vai ter que tomar uma decisão agora são os sócios do boi Garantido. E nós temos que nos unir nesse momento de dificuldade para encontrar uma solução para levar o Garantido para a arena e se Deus quiser ter um Garantido vitorioso”, frisou.

Conforme o presidente da câmara, ele conversou com o promotor do município, Marcelo Guitarães, e vão se reunir para tratar os próximos passos sobre o assunto.

“É inadmissível o que está acontecendo no Garantido e o conselho fiscal e o conselho de ética não falarem em nada. O que está acontecendo no nosso boi? Cadê os torcedores? Cadê o sócio apaixonado por essa festa? Por essa brincadeira? O Antônio Andrade não é maior que ninguém. E ele não é ditador. Antônio, você não manda em Parintins, você não manda no boi, você é muito menor que o Garantido, e você tem que respeitar o povo de Parintins, respeite o povo de Parintins, respeite esta Casa, que você não respeitou. O vereador Marcilon mandou inúmeros solicitações de informações financeiras, técnicas, mas vocês nunca tiveram a coragem de responder um requerimento nosso”, pontuou.

Ameaça

Na segunda-feira (19), o presidente do Garantido enviou um ofício para o secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, pedindo um auxílio financeiro para poder equilibrar as finanças e realizar os pagamentos dos trabalhadores.

Em tom de ameaça, no ofício, Andrade disse que, caso não fosse tomada nenhuma providência, seria impossível colocar o boi na arena nas três noites do festival deste ano.

Logo depois, o governo do Amazonas se manifestou e frisou que considera inimaginável a não participação do bumbá no 56º Festival Folclórico de Parintins.

O governo afirmou que tem cumprido com todos os acordos firmados para a realização da festa em 2023. Além do repasse de R$ 10 milhões para os bois, sendo R$ 5 milhões para cada um, também trabalhou na captação de recursos junto a patrocinadores da iniciativa privada, como a Coca-Cola Brasil, que destinou esse ano o valor de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 1.250.000 para cada boi.

Ao total, cada boi já teria recebido, até o momento, o valor de R$ 13,6 milhões.

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