Manaus, 18 de maio de 2024
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Cenário

Sassá diz que foi ameaçado após pedir ‘peia’ em quem realiza festas clandestinas em Manaus

As ameaças são de que as festas são realizadas por gente 'barra pesada' e que ele deveria tomar 'cuidado' com o que fala

Sassá diz que foi ameaçado após pedir ‘peia’ em quem realiza festas clandestinas em Manaus

Foto: Robervaldo Rocha/CMM

O vereador Sassá da Construção Civil (PT) relatou que vem sofrendo ameaças por denunciar e pedir punição aos envolvidos em festas clandestinas em Manaus.

A fala do parlamentar, que voltou a criticar a realização das festas, foi feita no Plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), durante seu pronunciamento, na manhã desta segunda-feira (8).

“Vocês têm muita sorte de eu não ser secretário, porque todo mundo ia sair de lá preso. Eu recebi ameaças, mas não tenho medo. Quem está fazendo festa clandestina não presta e eu vou dizer de novo: desça a peia, secretário! (coronel Louismar Bonates, da SSP)”, disse Sassá da tribuna da Casa.

Sassá disse não temer as ameaças que chegam em grupos de WhatsApp e logo são apagadas, o que tem lhe impedido de registrar um Boletim de Ocorrência (BO). Entre elas, para que o parlamentar tenha “cuidado” com o que fala, pois não sabe com quem está “mexendo”.

“As mensagens dizem que é para eu tomar cuidado, pois as festas clandestinas são organizadas por “gente barra pesada”. Ainda não registrei BO e nem sei se vale a pena, quem ameaça não tem coragem de fazer!”, disse ele.

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Desde a semana passada, Sassá diz que se fosse o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, “sentaria a peia” em quem realizasse ou estivesse nessas festas causando aglomerações.

O parlamentar também adiantou, que na sessão da CMM desta terça-feira (9), vai pedir ao secretário Bonates, formalmente, para participar das próximas fiscalizações, que são realizadas geralmente nos fins de semana.

Ele afirmou, ainda, que o número de festas clandestinas realizadas, entre o final de 2020 e logo no início de janeiro, contribuíram para o caos na saúde, em que Manaus registrou a 2ª onda da covid-19, com a falta de leitos e de oxigênio e muitas vidas foram perdidas.

“Não sou contra que as pessoas frequentem um restaurante ou flutuante, para almoçar e tomar sua gelada [sic], mas estas festas clandestinas ninguém usa máscara ou álcool em gel. Por isso, vivemos este caos em janeiro”, afirmou o vereador.

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No último fim de semana, uma festa clandestina foi fechada no ramal do Areal, quilômetro 10 da rodovia BR -174, que liga Manaus a Boa Vista (RR). A ação ocorreu na tarde deste domingo (7), em que 100 pessoas se aglomeravam no evento.

Além disso, 43 estabelecimentos foram fechados por descumprimento do decreto governamental, que proibia a abertura de comércios e a permanência de pessoas nas ruas depois das 19h até as 5h da manhã.