O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) anunciou nesta sexta-feira (5), que vai acionar o Ministério Público do Estado (MP-AM) para investigar a aquisição de gibis com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Conforme noticiou o Amazonas 1, o secretário de Estado de Educação, Lourenço Braga, autorizou a compra de 50 mil gibis por R$ 1,2 milhão.
O contrato 213/2017 foi assinado com dispensa de licitação para a aquisição de livros paradidáticos de histórias em quadrinhos em contrato firmado com a empresa E. N. Editora Garcia ME, de propriedade da historiadora Etelvina Norma Garcia.
De acordo com o presidente do Sinteam, Marcus Libório, é inadmissível que as prioridades da Seduc sejam gibis ao invés de melhorias salariais para os trabalhadores da rede estadual de ensino, que estão há quatro anos sem reajuste.
“Infelizmente, o histórico do governador Amazonino Mendes nunca nos enganou. Ele sempre priorizou outras áreas em detrimento da valorização profissional dos servidores da Seduc”, afirma Libório.
O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/Sindical) anunciou que estuda também acionar o MP para tentar barrar a compra dos gibis, autorizada “no apagar das luzes de 2017”, nas palavras do coordenador financeiro da entidade, Lambert Melo.
A Seduc informou, por meio de nota, que a aquisição dos livros é prioridade da secretaria.
Professores sem reajuste
No dia 26 de dezembro, a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE) votou o orçamento do Estado para 2018, sem o reajuste dos professores. Na votação, 13 dos 24 parlamentares – aliados de Amazonino- rejeitaram a proposta de reajuste da data-base dos professores da rede estadual.
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