Manaus, 10 de maio de 2024
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Cenário

Sob risco de cassação, Silas deixa a presidência da bancada evangélica

Pelo acordo da bancada evangélica, o mandato ficou dividido em quatro partes, sendo revezado por Silas e Eli Borges (PL-TO), que deve assumir pelos próximos seis meses.

Sob risco de cassação, Silas deixa a presidência da bancada evangélica

(Foto: Instagram/Silas Câmara)

Manaus (AM) – O deputado Silas Câmara deve deixar a presidência da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) no início de fevereiro, após seis meses comandando a bancada evangélica, composta por 129 deputados federais. O deputado Eli Borges (PL-TO) deve assumir pelos próximos seis meses.

Para evitar um racha na bancada evangélica, o grupo decidiu que o mandato seria dividido em quatro partes, que começou com Silas, em agosto de 2023. Esta é a terceira vez que Silas assume a presidência da FPE, uma das maiores bancadas do Congresso.

Tensão na bancada da fé

No entanto, parece que a bancada não está mais tão favorável ao deputado do Amazonas, ao considerar a proximidade de Silas ao governo de Lula (PT). A divisão ficou mais evidente com o impasse sobre a anulação da isenção tributária a pastores e líderes religiosos.

A bancada considera Eli Borges (PL-TO) menos próximo do governo Lula e tem visto com ‘maus olhos’ a aproximação de Silas ao governo petista.

Pressionado pela bancada, Silas afirmou, em agosto de 2023, que não é amigo do presidente Lula, nem da esquerda, mas que é uma pessoa do diálogo. Silas disse, durante entrevista, que é possível dar ao atual presidente o benefício da dúvida, mas que não encara Lula como um “aliado natural”.

Recuo

Depois do encontro com Haddad, Câmara, presidente da bancada, recuou das duras críticas que tinha feito anteriormente. Ambos anunciaram a criação de um grupo de trabalho para discutir a isenção tributária sobre a remuneração de pastores.

As declarações do presidente da FPE destoa do lado da bancada considerada mais bolsonarista, como a do deputado federal Marco Feliciano (PL-SP). O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), que em 2022, chamou Lula de “endemoniado mor” e se referiu ao Partido dos Trabalhadores como “Partido das Trevas”.

Feliciano criticou o encontro entre Silas e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tentar resolver a anulação da isenção tributária a pastores.

“Se houve reunião da liderança da Frente Parlamentar Evangélica que tornou alguns parlamentares evangélicos porta-vozes do governo Lula, que não respeitam os evangélicos nem no que cremos, creio que a diretoria não foi comunicada e nem nós, membros da frente, fomos informados”, disse.

 

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